terça-feira, junho 29, 2004

BONDADE

Aqui vai uma notícia atrasada, em itálico, que encontrei enquanto procurava outro título, no Expresso Online.
Vale a pena ser lida e divulgada, de modo a que haja mais probabilidades de que apareça outro indivíduo de moral e atitude tão elevada como a daquele que tem um canil e um gatil em casa (o negrito é deste blogue, para salientar o real valor da iniciativa):


Algarvio hospeda 200 cães e gatos

Com o canil municipal já construído mas ainda por abrir, em virtude dos novos requisitos legais, um algarvio de Vila Real de Santo António vive desde há quatro anos com cerca de 200 cães e gatos. São animais abandonados, aos quais José Gregório tem dado um lar, ou melhor, um reduzido espaço de armazém. «Dói-me o coração de ver tantos animais abandonados e de ninguém fazer nada, por isso procurei este local, decidi recolhê-los e viver com eles», explica José Gregório enquanto segura nos braços um pequeno cão que salvou de uma morte mais que certa depois do animal ter sido atropelado.

No entanto, dividir casa com duas centenas de animais, sem as mínimas condições de habitabilidade não é tarefa fácil. Ainda mais quando a grande maioria dos animais nem sequer está vacinada porque a curta reforma de que vive não chega para tudo. «Tenho graves problemas de saúde, mas apesar disso, vivo para lhes comprar comida e só não estão vacinados porque os medicamentos são muito caros», conta José Gregório. Cruza a fronteira constantemente e é uma veterinária do outro lado do Guadiana, em Ayamonte, Espanha, que lhe faculta alguma ajuda e lhe dá alguns conselhos quando este se apercebe que algum dos animais está mais debilitado.

Nas alturas do cio, José Gregório tem o cuidado de separar os machos das fêmeas, para que os animais não se reproduzam e a «família» não cresça ainda mais.

José Gregório afirma que nunca recebeu qualquer tipo de apoio da parte da autarquia, apesar dos constantes pedidos, e que a edilidade gastou cerca de 25 mil contos num canil que continua sem funcionar.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, António Murta, esclarece que a autarquia não está autorizada a conceder subsídios a particulares, mas apenas a associações ou clubes. Quando ao facto de o canil ainda não estar em funcionamento, o autarca explica que tal se deve ao facto de a legislação ter sido recentemente alterada, levando a que o projecto tivesse que ser refeito e remetido novamente para aprovação. «Neste momento estamos apenas à espera do licenciamento e, assim que isso acontecer, todos esses animais têm de ser recolhidos para o canil», explica António Murta.

Jornal do Algarve 11:46 21 Maio 2004


Cavalo de Tróia... Turco... QUE É MUITO MAIS PERIGOSO DO QUE O GREGO

O presidente George W. Bush, que é o chefe da cobóiada yanke, apoiou a entrada da Turquia na União Europeia, dando assim seguimento à política americana pró-turca.
Jacques Chirac, presidente francês, falou bem (embora meta nojo noutras ocasiões), ao afirmar que «Ele não só foi longe demais, como entrou num terreno que não é o seu. É como se eu explicasse aos Estados Unidos a forma como eles devem gerir as suas relações com o México.»

Em nome dos seus interesses imperiais e conveniências economicistas, os yankes não só enfraquecem a Europa querendo meter-lhe dentro a Turquia (isto será a divisão da Europa e a perda de poder dos Europeus em sua própria casa perante o avanço do poder islâmico e dos interesses dos povos turcos, não só da Turquia, mas também do Turquemenistão e da Quirguízia), mas também atacam os direitos políticos de uma minoria étnica - os Curdos - considerando que os seus resistentes são «terroristas» (já se sabe que se forem contra os interesses americanos, são «terroristas», não há que enganar)que, ao contrário do que os Turcos pretendem, têm direito a um território seu.

Não é aliás a primeira vez que os cobóis pretendem usar povos islâmicos contra adversários europeus.
Efectivamente, foram os Americanos que fortaleceram o poder muçulmano no Médio Oriente, como forma de atacar o poder soviético naquela área - no Afeganistão, por exemplo; foram também os Americanos quem fez com que os muçulmanos da Bósnia-Herzegovina se sentissem com as costas quentes na sua guerra contra os Sérvios (apoiados pelos Russos).

E, depois, queixam-se de que o fundamentalismo islâmico ganha terreno.

Por seu turno, a Esquerda mais imbecil actua do mesmo modo, pondo-se sempre ao lado dos seguidores de Mafoma, em todas as circunstâncias, seja na Palestina, seja na Tchetchénia, seja nos Balcãs ou mesmo na India e em Caxemira.
O primarismo da cambada de Esquerda é tão previsível como o cagar: quem fala mal da América, é bom, seja porque motivo for que fala mal da América; quem fala bem da América, é mau, seja qual for o motivo porque fala bem da América. E, se fala mal da América e, no entanto, é mau... se for um nazi a falar mal da América, o comuna típico fica sem saber o que fazer: então o nazi, afinal, é mau ou é bom?? Quem fala mal da América, é porque é bom... náááá, o gajo deve estar a fingir que é bom... ou então, está enganado... e pronto.
E, infelizmente, também nas hostes nacionalistas europeias há quem alimente uma simpatia pelo Islão: uma simpatia feita de treta e colada com cuspe, baseada no anti-sionismo mais primário e limitador do espírito.

Isto é, tanto os Esquerdistas anti-americanos como os Nacionalistas anti-sionistas, acreditam genuinamente na imbecil noção de que quem é inimigo do seu inimigo é amigo deles.


Nem Americanos capitalistas nem esquerdistas - nem nacionalistas anti-sionistas - entendem algo de crucial: os muçulmanos não são aliados de ninguém. Não respeitam nada mais para além da sua religião: não me engano muito se disser que estes combatentes do crescente nutrem um profundo desprezo por quem não é religioso e esperam sempre por uma primeira oportunidade em que se possam vingar de terem sido forçados a lutar ao lado de «kafires», isto é, de «pagãos».

Isto que digo pode parecer despropositado a quem pensar que a Turquia é laica. É porque quem assim pensa não presta atenção ao crescimento do radicalismo muçulmano por debaixo do lençol humanista e pró-ocidental que nunca conseguiu o milagre absurdo que seria transformar uma parte da Ásia numa parte da Europa. A Turquia é, de facto, da Ásia, mesmo que esta seja só uma Ásia Menor. Mas uma cobra menor, quando cresce, não fica um papagaio, fica uma cobra maior.

A Turquia é pois um cavalo de Tróia que a América julga querer meter dentro da Europa. Só que este corcel é diferente daquele que os Gregos fizeram, segundo conta a Ilíada: o dos Gregos, foi infiltrado na cidade do inimigo e tinha lá dentro gente grega; o dos Americanos, está a ser infiltrado na fortaleza dos adversários da América (os Europeus) mas não tem lá dentro gente americana... nem aliados autênticos... o que pode sair de lá de dentro, é algo que nem os próprios Americanos poderão depois controlar.

O que convinha aos Europeus, era outra coisa. Convinha que os países da UE estivessem dispostos a desenvolver no seio desta organização uma vertente militar, cooperante com os EUA, quando fosse necessário defender o Ocidente, mas com uma política separada do poder yanke, que é muito pouco fiável. Para a UE, era excelente uma integração da Rússia - este sim, é um país europeu - e uma política de simpatia para com os Curdos, que poderiam ser fiéis aliados da Europa se a Europa lhes desse, ali no Próximo Oriente, uma terra.


segunda-feira, junho 28, 2004

OLIVENÇA, UMA QUESTÃO DE HONRA NACIONAL

Grupo dos Amigos de Olivença

www.olivenca.org


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Divulgação 01-2004

Pelo seu interesse, transcreve-se reportagem do jornal Público, de 26-06-2004:

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Olivença Território Português "É Coisa do Passado"

Por CARLOS DIAS



Logo que se atravessa a ribeira de Alconchel, para quem atravessou a fronteira em Mourão, entramos no Ayuntamento de Olivença, um território com 453 quilómetros quadrados, anexado por Espanha em 1801 na sequência da "Guerra das Laranjas". A coroa espanhola mantém a sua anexação contrariando a decisão do Tratado de Viena de 1815, que acordava a devolução de Olivença a Portugal

Mas da história passada, pouco interesse parecem revelar os naturais da região, quando se procura saber sobre a presença portuguesa. " Isso foi há muito tempo. É coisa do passado", reage uma mulher proprietária de uma pequena mercearia, na pequena aldeia de S. Bento da Contenda, que recebeu o PÚBLICO com uma saudação tipicamente alentejana, substituída quase de imediato pela pronúncia castelhana, quando deu conta do descuido.

A história é confundida com a política "e com a política eu não quero nada". Com futebol sim. " Tem sido uma loucura", prossegue a mulher novamente em português. Nos jogos onde participou Portugal. Por quem bateu o coração?, quis saber o PÚBLICO. Nova hesitação, uma mudança de olhar e o silêncio.

Na rua, os olhares dos residentes revelavam pouca vontade em manter diálogo. Vinda da escadaria de uma pequena igreja construída com pedra calcária vinda de Estremoz, Borba e Vila Viçosa, ouve-se um "bom dia" em português bem nítido. Três crianças que ainda não teriam 10 anos, já sabem quem veio de fora e de Portugal. Olhares cúmplices e algumas cotoveladas controlavam o que cada um dizia. Também aqui a "euro copa" era o tema dominante. O jogo Espanha/ Portugal, "deu festa grande", confessa um dos moços. "Aqui na terra?", perguntou o PÚBLICO. "Na televisão portuguesa", responderam em coro. "Os espanhóis fartaram-se de chorar", diz outro, perante o olhar reprovador dos colegas.

Nas ruas da aldeia estão patentes as características alentejanas. A cor branca da maioria das habitações, as chaminés, os rodapés com um barrão castanho na sua maior parte. De um lado e do outro da estrada que liga o ayuntamento de Cheles a Olivença o montado de azinho é uma constante, bem como os montes tipicamente alentejanos. E lá está a atalaia que os portugueses ergueram da serra de Santo Amaro no século XVI, para prevenir movimentações militares vindas de Espanha...

Na cidade de Olivença, o diálogo com os naturais foi ainda mais difícil. Conversas curtas, respostas rápidas a demonstrar pouca vontade em falar com quem não convém.

No Café Central, no centro da cidade, não se vendiam bicas. " Não temos cá disso" responde em castelhano o proprietário enquanto jogava dados com os clientes. "Mas vocês (portugueses) bebem-no a toda a hora", concluiu para arrematar a conversa.

Outro oliventino entende que a anexação de um território "que dizem ser português" também " é coisa de política que não interessa nada". Considera que existe uma grande proximidade entre os dois países e que "guerras antigas não fazem sentido". Mas, para que não ficassem dúvidas a ninguém, ergueu a voz e deixou claro que era espanhol.

A "colonização" castelhana produziu os seus efeitos. A pressão social mantém os comportamentos para afirmar aos que vêm de fora, que "Olivença não é Portugal desde há muito". Subsiste a ideia nalgumas pessoas que foi resultado de uma troca com Campo Maior.

A eventual reintegração no território português é encarada quase sempre com um sorriso que denota uma reprovação. E por vezes a animosidade não se consegue disfarçar. O PÚBLICO perguntou a um jovem onde podia colher informação sobre o castelo de Olivença construído no tempo do rei português D. Dinis. "Na Guarda Civil", foi a resposta acompanhada de um virar de costas ostensivo.

Falar do problema de Olivença aos oliventinos é tentar bulir com um tabú que se pretende manter em silêncio porque é incómodo. Para aliviar a consciência comparam-no à questão de Gibraltar para demonstrar que Espanha tem um problema idêntico que não tem conseguido superar.

É uma questão de tempo. Primeiro foi a língua. A subversão dos hábitos, costumes e tradição alentejanas o tempo trata. Ficam as pedras a revelar que entre 1297 e 1801 Olivença fez parte de Portugal.





CDS Enérgico a Defender Olivença, mas PS e PSD Cautelosos

Por HELENA PEREIRA



Todos os partidos políticos com assento parlamentar foram ontem unânimes em pedir ao Governo explicações sobre a questão de Olivença mas isso não significa que apoiem as reivindicações dos que querem que Espanha devolva a Portugal aquela parcela do território.

O assunto foi discutido em plenário, na sequência de uma petição, assinada por mais de cinco mil pessoas, que pede ao Estado português que exija a Espanha a devolução de Olivença e ao Governo que dê explicações sobre este assunto.

Os grupos parlamentares pronunciaram-se todos a favor de uma audição parlamentar da ministra dos Negócios Estrangeiros. A defesa de Olivença foi feita apenas pelos partidos mais pequenos, o CDS, o PCP e o Bloco de Esquerda, mas mesmo assim com algumas cautelas. PSD e PS foram logo avisando que Olivença não está na agenda política de Portugal há muito tempo e que não deverá voltar a estar.

João Almeida, do PP, sublinhou que, pelo direito internacional, Olivença "é Portugal, mas na prática a titularidade não é exercida". O deputado lembrou todos os tratados que dizem que aquela localidade pertence a Portugal e louvou os subscritores da petição, que foi entregue em 2001 e só agora discutida, por trazerem à Assembleia "uma questão importante, que é portuguesa" e que isso revela "o seu patriotismo".

O representante do CDS acrescentou, no entanto, que Olivença é um tema que tem "relevância no âmbito das relações de Estado entre Portugal e Espanha". João Almeida e também o PCP, pela voz de Rodeia Machado, que apoia as pretensões da petição, alertaram para a delicadeza de um diferendo por causa de Olivença quando os dois países têm boas relações diplomáticas. Este é um argumento clássico: não tocar no nome de Olivença a bem do bom entendimento bilateral. "É neste contexto, de uma relação de confiança mútua e do bem estar dos povos, que Olivença deve continuar a ser analisada", disse o deputado do PCP.

Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, considerou "absolutamente justificada" a petição, acrescentando que as questões fronteiriças devem ser analisadas também no quadro da União Europeia, uma vez que há vários casos por resolver. "Defendemos o respeito pela legalidade internacional, com o necessário respeito pelo sentimento das populações", disse ainda o dirigente do Bloco.

O social-democrata, Gonçalo Breda Marques, tinha sido o primeiro a falar e logo deu a resposta que os vários Governos têm ensaiado para esta ocasião: "É uma matéria que não se insere na actual agenda diplomática portuguesa, tal como aconteceu nos últimos 100 anos". Pela parte do PSD, o deputado afirmou que a sua bancada se encontra "aberta a que a ministra dos Negócios Estrangeiros, Teresa Gouveia, esclareça qual a posição oficial do Estado Português" sobre a vila de Olivença.

Luís Miranda, do PS, por seu lado, lembrou que os limites territoriais de Portugal são os que estão na Constituição e que não englobam Olivença. "A resposta [à questão de Olivença] cabe ao Governo. O PS seguirá atentamente o desenrolar dos acontecimentos", declarou o deputado socialista.

Os dois maiores partidos com assento parlamentar lembraram que a Assembleia da República não tem competências em matéria de condução de política externa, que estas competem ao Governo e em, certa medida, ao Presidente da República e que, portanto, a única coisa que o Parlamento pode fazer é chamar o Governo e fazer-lhe perguntas.

De qualquer forma, os deputados têm ainda um modo de endereçar sugestões ao Governo, quando não têm mais nenhum instrumento ao seu alcance. Essas sugestões podem ser feitas através de deliberações. Nenhum partido anunciou ontem essa inciativa, que tem que ser votada e aprovada por maioria.




Cronologia História de Olivença

Por C.D.

- D. Afonso Henriques coloca, pela primeira vez, a região de Olivença sob domínio português, durante a conquista do sul de Portugal aos muçulmanos entre 1164 e 1169.

- A assinatura do Tratado de Alcañices em 1297 reconhece Olivença como território português e, em 1298, D. Dinis, atribui-lhe o seu primeiro foral.

- Em 1337 Olivença é ocupada por Castela. Três anos depois terá regressado à posse portuguesa na sequência de um acordo luso-castelhano.

- Em 1457 D. Afonso V cria o condado de Olivença e o rei D. Manuel I dá a Olivença o seu segundo foral, decorria o ano de 1510. Em 1520 ordena construção da Ponte da Ajuda, que é destruída em 1709 na sequência da Guerra da Sucessão de Espanha.

- Em 1801 Olivença é conquistada pelo exército espanhol, durante a Guerra das Laranjas, que durou apenas duas semanas. O Tratado de Badajoz, daquele ano, confirma o direito de conquista. Contudo o texto do Tratado saído do Congresso de Viana, realizado em 1815, considera legítima a devolução a Portugal do território oliventino, uma decisão que tem a aceitação espanhola. No entanto a resolução tomada não foi cumprida até aos dias de hoje.

- Em 1952, na Comissão de Limites Luso-Espanhola, Portugal reclama novamente a posse de Olivença. Três anos depois, as margens do Guadiana, desde a confluência com o Caia até ao concelho de Mourão, são consideradas portuguesas.

- No ano de 1994, Portugal assume publicamente não abdicar da soberania sobre a região oliventina e compromete-se ao pagamento integral da reconstrução da Ponte da Ajuda e de uma outra travessia a poucas centenas de metros da que vai ser recuperada.

- A partir de 1995 e com a construção da barragem de Alqueva levanta-se de novo o problema da posse e usufruto da margem esquerda do Guadiana. Cerca de 1100 hectares de território oliventino já estão submersos pela albufeira de Alqueva.


http://jornal.p ublico.pt/2004/06/26/Nacional/P30.html

http://jornal.p ublico.pt/2004/06/26/Nacional/P31.html

http://jorn al.publico.pt/2004/06/26/Nacional/P31CX01.html


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Rua Portas S. Antão, 58 (Casa do Alentejo) - 1150-268 Lisboa

www.olivenca.org - olivenca@olivenca.org

Tlm. 96 743 17 69 - Fax. 21 259 05 77

COMUNICADO DOS AMIGOS DE OLIVENÇA

Água mole em pedra dura tanto dá até que fura, diz o povo. A seguir, mais uma nota informativa do Grupo dos Amigos de Olivença:


Grupo dos Amigos de Olivença

www.olivenca.org

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Nota Informativa 10-2004

Assembleia da República: «A Questão de Olivença tem de ser encarada pelo Governo!»

A Assembleia da República apreciou hoje, na sequência de Petição subscrita por mais de 8.000 cidadãos, a Questão de Olivença.
Com os representantes de todos os grupos parlamentares a saudarem unanimemente a iniciativa do Grupo dos Amigos de Olivença, a Assembleia, lembrando que é da competência do Governo a condução da política externa, entendeu solicitar ao Executivo o esclarecimento da posição de Portugal sobre Olivença, nomeadamente com a ida da Senhora Ministra dos Negócios Estrangeiros à Assembleia.
Sublinhando o respeito pela legalidade internacional e referindo que o direito internacional continua a indicar Olivença como território português, os Senhores Deputados exprimiram a vontade que o Governo dê resposta à Petição, analisando o litígio e encontrando uma solução para o mesmo como factor de grande utilidade no futuro das relações entre Portugal e Espanha.
O Grupo dos Amigos de Olivença congratula-se com o desenvolvimento político que significa a discussão pública e ao mais alto nível do Estado da situação de ilegalidade em que se encontra Olivença, terra portuguesa desde o séc. XIII e ocupada por Espanha em 1801.
Apoiado na História, na Cultura e no Direito e bem ciente do papel decisivo da opinião pública, o Grupo dos Amigos de Olivença reafirma a sua determinação e convida todos os cidadãos a prosseguirem esforços para o reencontro com Olivença.
Um passo mais pela Terra das Oliveiras!
Lisboa, 25 de Junho de 2004.
A Direcção

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PEIXEIRADA DESONESTA

Longe de mim querer promover ou sequer defender a figura de Durão Barroso, que é inimigo do Nacionalismo e da preservação da identidade racial dos povos, como bem o demonstrou, quer pela figura triste que fez em 2002 quando Le Pen passou à segunda volta das eleições presidenciais francesas, quer pelos artigos que escreveu para o Expresso, há alguns anos atrás, nos quais defendia abertamente a salganhada étnica.

No entanto, saliento que a sua aceitação do cargo europeu que lhe foi proposto é inteiramente legítima: trata-se de um político português não recusa a possibilidade de ir defender os interesses portugueses no seio de uma organização cujo poder na Europa é, apesar de tudo, crescente. Nada obriga a que haja eleições legislativas antecipadas por causa disso, uma vez que, oficialmente, o povo votou num partido e não numa pessoa (se boa parte da saloiada não percebe isto e não vê mais do que caciques, votando de acordo com as simpatias pessoais, o problema é da saloiada, que aprenda o que é política com ideias a sério).

Naturalmente que a Esquerda partidária - PS, BE e CDU - tenta aproveitar esta situação para comparar atitudes que são incomparáveis, como se a fuga de António Guterres tivesse o mesmo sentido que a escolha do actual primeiro ministro.
Esta Esquerda, no fundo, quer é festa: quer conflito, quer barulho, quer arruaça, quer eleições, quer sempre mais uma oportunidade de chegar ao poder: se pudesse, tal gente fazia eleições todos os dias até o povo decidir escolhê-los para ocuparem o poleiro. Eles, os diversos políticos dessas três formações partidárias, vivem para isto: para a política do conflito permanente, para a militância e para os combates partidários mais mesquinhos e truculentos.

domingo, junho 27, 2004

MAIS DOIS PORTUGUESES MORTOS NA ÁFRICA DO SUL

Mais dois... é doentio ter de constatar que se praticaram mais dois
crimes contra portugueses e nada poder fazer a não ser contá-los,
como quem conta dinheiro. Dá voltas ao estômago de quem tem a coluna vertebral direita.

O Estado Português tem obrigação, ou de enviar seguranças, ou, mais acertadamente, de comprar os negócios dos portugueses lá emigrados de modo a que estes possam vir para Portugal. Estes, podiam vir enriquecer o País, com a sua experiência e o seu dinamismo, criando novos postos de trabalho, pequenas empresas e negócios no campo da hotelaria, por exemplo, além de poderem também repovoar o interior e ajudar a resolver o problema da baixa natalidade que se agrava em Portugal.


REPRESSÃO E TOTALITARISMO IDEOLÓGICO

Foram entregues ao ministério público os nomes de vinte e sete skinheads nacionalistas por terem participado no concerto realizado no dia dezanove do corrente mês.

Estes skinheads são acusados de «crime contra a humanidade».

É «crime contra a humanidade» assistir a um concerto de uma ideologia proibida.

E há ainda quem tenha o asqueroso descaramento de vir dizer que o País vive em democracia?
O que é mais ultrajantemente abjecto é que alguns dos que mais amam o tipo de democracia imposto em Portugal são precisamente aqueles que mais se exaltam na afirmação de que tal tipo de eventos - concertos nacionalistas, neste caso - devem ser proibidos e reprimidos pelas autoridades do Estado.

Não há desprezo que seja demasiado para com a escumalha «antifascista» pseudo-democrata. É pouco todo o escarro que se lhes atirar às suas palavras e fanatismos. Trata-se de gentalha infra-humana, desprovida de dignidade e que não tem qualquer direito à liberdade.


JULIANO

No dia 26 de Junho de 363 d.c., morreu Juliano, O Grande, chamado pelos cristãos de «Apóstata», porque, tendo sido educado na fé cristã, a esta renunciou em nome da lealdade aos Deuses antigos do mundo greco-romano.
Durante o seu crescimento, estudou, por um lado, a cultura greco-romana, e, por outro, a religião de Jesus, ao qual ele chamava «Galileu». Decidiu-se, desde cedo, pela herança pagã, mas escondeu essa preferência devido à repressão cristã que já então se fazia sentir. Assim que pôde assumir a sua escolha religiosa, fê-lo em grande estilo. Tornando-se imperador de Roma em 361, deu ordem para restaurar diversos templos pagãos, que entretanto tinham sido destruídos e saqueados por cristãos, e realizou imponentes cerimónias religiosas em honra dos Deuses. Proibiu os cristãos de ensinar filosofia dos autores pagãos, o que indignou muitos dos seguidores do crucificado.

E teve toda a razão em fazê-lo, digo eu.
Ele sabia bem que os cristãos não podiam de boa vontade ensinar a filosofia pagã. Facilmente seriam tentados a mutilá-la.
E foi o que fizeram, até hoje, praticamente, por isso é que, por exemplo, muitos alunos de Filosofia desconhecem que Platão era um feroz devoto dos Deuses.

Para além de ser um comandante de tropas muito bem sucedido, Juliano era um filósofo notável e um grande inspirador de fervor religioso. Sem prejuízo do culto que prestava à generalidade dos Deuses, Juliano tinha uma especial predilecção pelo Sol Invictus (Sol Invencível), por Zeus, por Apolo, por Mitra e por Cibele, a Grande Mãe dos Deuses.

Os cristãos atribuiram-lhe umas famosas últimas palavras: «Venceste, Galileu!». Cientificamente, nunca ficou provado que Juliano tivesse dito isto. O que os seus amigos mais próximos relataram, foi que o imperador pagão, pouco antes de morrer - devido a ter sido mortalmente ferido em combate, ou pelos Persas, ou por um dos soldados romanos cristãos, à traição - discursou sobre o modo como se devia encarar a morte, sem medo.

Juliano foi o grande paladino do Paganismo clássico contra o domínio totalitário do Cristianismo, credo de origem semita cujos arautos pregavam o abandono e mesmo a destruição de todas as outras religiões, em nome de um Deus universal, internacional, igualitário, que se tinha revelado apenas aos Judeus, até que um dos judeus, Jesus, resolveu tornar universal esse culto.

A isso, Juliano respondia, com a clareza de espírito de um pagão clássico antigo: mas porque é que devemos abandonar os nossos Deuses em nome de um Deus estrangeiro, que pretende ser o único Deus?

No fundo, é este o cerne de todo o combate nacionalista e identitário. Pois o que de mais natural pode haver do que cada povo ter os seus próprios Deuses?

E reafirmo: não há nada de mais legítimo, de mais sagrado, do que o princípio de cada povo ter os seus Deuses, a sua cultura, a sua língua.


Para mais informações, recomendo:

http://www.juliansociety.org

e, também, o livro «Juliano», de Gore Vidal.

sexta-feira, junho 25, 2004

A VERDADEIRA FORÇA

Gloriosa foi a vitória de ontem sobre a Inglaterra. Todo o país está contente e festivo, o que é sempre bom de ver.

De qualquer modo, saliento, de novo - se já não o fiz, faço agora - que um País não pode ser tão dependente do futebol como Portugal está neste momento. Discordo muitas vezes das bacoradas que se escrevem na revista Maxmen, mas realço o valor da crónica do director, na edição deste mês, e afirmo que ninguém com dois dedos de testa e com verdadeira dignidade pode deixar que a sua «auto-estima» fique dependente de dois ou três chutes certeiros no rolante esférico. Uma dependência dessas é sinal de passividade impotente de todo um povo, que põe a chave do seu orgulho sob os pés de uns quantos atletas, infantilizando-se até à idiotia, limintando-se a berrar na «torcida pela selecção», como uma qualquer donzela em apuros que grita pelo auxílio do seu cavaleiro. O maior valor da donzela não está no desvelo com que «apoia» o seu homem de armas, mas sim na sua beleza e no amor que ela inspira ao cavaleiro. Para isso, precisa de ser realmente bela e ter graciosos modos, o que só deriva da sua própria natureza, do cuidado que tem consigo mesma e da sua própria auto-estima.

Por isso, a auto-estima de cada homem e de cada mulher do povo português, só deve depender da sua própria consciência, do seu próprio esforço, do valor que der à sua identidade e às suas origens, da vontade de defender e promover a sua estirpe.

Pensei em escrever isto antes do jogo. Lembrei-me de o escrever depois do primeiro golo da Inglaterra, estando Portugal a perder. E preparava-me já para dizer, se Portugal perdesse, «não é por Portugal ter perdido que estou a escrever isto, é porque o considero importante».

Como Portugal, afinal, ganhou, melhor ainda.

quinta-feira, junho 24, 2004

VITÓRIA CONTRA A MOIRAMA - OBRA DA PERSERVERANÇA

Dia 24 de Junho é dia de dupla celebração: em dois momentos diferentes da História Pátria, Portugal bateu, neste dia, os seus inimigos.

No segundo, a vitória portuguesa foi um passo em frente na reconquista ibérica do território, contribuindo para abater o poder norte-africano na Hispânia: 24 de Junho de 1158 - tomada de Santarém.

Em itálico, segue o texto retirado do site «Batalhas de Portugal»:

Depois da Tomada de Lisboa, a que se seguiu a delimitação do território de Portugal às regiões acima da linha do Tejo, Afonso Henriques pretendia ir mais além.
Numa primeira investida sobre Alcácer, os Mouros estavam alerta, e Afonso Henriques recolheu a Lisboa, batido e ferido numa perna.
Em 1151, o Bispo D. Gilberto, antigo Cruzado, contratou o auxílio de nova armada de Cruzados, da Inglaterra. Afonso foi por terra cercar Alcácer, enquanto a frota inglesa entrou no Sado, a fechar o cerco pelo rio. A resistência dos Mouros foi muito forte e Afonso e os Cruzados ingleses levantaram o infrutífero assédio.
Em 1157, pela segunda vez é posto cerco a Alcácer, por mar e por terra. Pela terceira vez a fortaleza do castelo e o heroísmo dos defensores faz voltar o Rei de Portugal a terras cristãs sem resultado.
Mas, Afonso Henriques, infatigável, volta a atacar Alcácer. Posto o cerco em meados de Abril, após sessenta dias de incessantes combates, assaltado só por tropas portuguesas, sem auxílio de navios de Cruzadas, o forte castelo do Sado é tomado à viva força a 24 de Junho de 1158.


Depois da Tomada de Lisboa, a que se seguiu a delimitação do território de Portugal às regiões acima da linha do Tejo, Afonso Henriques pretendia ir mais além. Com poucos cavaleiros e homens de armas, fez uma correria (talvez desde Palmela) até ao forte de Alcácer, sobre o rio Sado.
À sua maneira, por escalada de surpresa, tentou aí repetir a façanha da Tomada de Santarém. Os Mouros, vigilantes, repeliram dessa vez a tentativa e, do confronto que se deu no alto das muralhas, Afonso Henriques recolheu a Lisboa, batido e ferido numa perna.
Havia que fortalecer o reino, criar uma pátria de potência, assegurar o que já estava definitivamente ganho. Depois se avançaria para o Sul, até ao mar, até Silves, a cidade mais importante das províncias do Gharb, opulenta rival de Lisboa em riqueza, navegação, cultura e comércio.
Então, em 1151 foi de Lisboa a Inglaterra o bispo D. Gilberto, antigo Cruzado, contratar o auxílio de nova armada de Cruzados, que veio, com efeito, na Primavera seguinte. Afonso foi por terra cercar Alcácer, enquanto a frota inglesa entro no Sado, a fechar o cerco pelo rio. A posição fortíssima resistiu aos continuados assaltos. Ao fim de algum tempo, Afonso e os Cruzados Ingleses levantaram o infrutífero assédio.
Em 1157, nova armada de Cruzados, navegando do Mar do Norte para a Síria, entra a refrescar em Lisboa, agora terra cristã. Afonso Henriques não perde o ensejo de negociar com eles o auxílio para novo assalto a Alcácer. Pela segunda vez é posto cerco a Alcácer, por mar e por terra. Pela terceira vez a fortaleza do castelo e o heroísmo dos defensores faz voltar o Rei de Portugal a terras cristãs sem resultado.
Mas, Afonso Henriques, infatigável, volta a atacar Alcácer. Posto o cerco em meados de Abril, após sessenta dias de incessantes combates, assaltado só por tropas portuguesas, sem auxílio de navios de Cruzadas, o forte castelo do Sado é tomado à viva força a 24 de Junho de 1158.
Segundo os historiadores árabes, tomada a praça, os assaltantes teriam devolvido as armas à guarnição muçulmana; segundo as memórias cristãs, Afonso Henriques teria deixado os vencidos saírem livres para o interior do Gharb.


D. Afonso Henriques já tinha falhado a conquista do castelo. Pediu por isso o auxílio dos Cruzados e, mesmo assim, falhou.
A racionalidade mais comezinha ditaria o abandono do projecto, especialmente depois de ter ficado sem o poderoso apoio dos cavaleiros cruzados. Mas o Fundador insistiu, teimou, contra todas as expectativas. E venceu.
É assim que se faz a História.


VITÓRIA PELA INDEPENDÊNCIA, HÁ OITO SÉCULOS

Dia 24 de Junho é dia de dupla celebração: em dois momentos diferentes da História Pátria, Portugal bateu, neste dia, os seus inimigos.

No primeiro, a vitória portuguesa foi um marco decisivo na independência da Nação: 24 de Junho de 1128.

Em itálico, segue o texto retirado do site Batalhas de Portugal:

http://www.terravista.pt/ancora/1627/

Nos campos de São Mamede, às portas de Guimarães, as hostes de D. Tereza e dos fidalgos galegos de Fernão Peres de Trava encontram-se perante as forças de Afonso Henriques e dos seus barões rebeldes.
A acção sangrenta e breve foi uma simples lide de cavaleiros, segundo a Táctica da Alta Idade-Média, em que todavia a peonagem burguesa de Guimarães, combatendo já por uma terra que era sua, auxiliou em muito a bravura e a coragem dos ricos-homens e cavaleiros de Afonso Henriques.
A batalha que terminou com a vitória de Afonso Henriques e dos Barões Portucalenses constituiu, de facto, a afirmação da independência portuguesa no momento em que eram ainda possíveis outros destinos políticos para o condado. Ela consagra, efectivamente, o afastamento definitivo entre Portugal e a Galiza.
A Batalha de São Mamede marca o inicio da independência portuguesa.



Batalha travada em 24 de Junho de 1128 entre os Barões Portucalenses, comandados por Afonso Henriques, e as tropas do Conde Fernão Peres de Trava e de D. Tereza, Condessa de Portucale, no lugar de São Mamede, provavelmente em São Mamede de Aldão, poucos quilómetros a nordeste de Guimarães, e que terminou pela vitória dos primeiros. Preparada por um afastamento progressivo dos Barões Portucalenses, que decerto não concordavam com a política do Conde de Trava, instalado na corte portuguesa desde 1121, e sob a liderança de Ermígio Moniz de Ribadouro e de Soeiro Mendes de Sousa, mas com a colaboração das famílias da Maia, de alguns dos Barbosas e de vários outros dos nobres mais poderosos do condado, a batalha constitui, de facto, a afirmação da independência portuguesa no momento em que eram ainda possíveis outros destinos políticos para o condado. Ela consagra, efectivamente, o afastamento definitivo entre Portugal e a Galiza, depois de o condado estar normalmente unido a ela no conjunto leonês, sobretudo a partir da constituição do reinado de Galiza-Portugal sob a coroa do Rei Garcia, pela partilha política realizada na data da morte de Fernando I de Leão e Castela. As tentativas feitas durante o fim do século XI e sobretudo no princípio do seguinte, e que tiveram como protagonistas principais o Arcebispo Diego Gelmírez, de Santiago de Compostela, e o Conde Pedro Froilaz de Trava, destinadas a consolidar essa unidade política sob a hegemonia galega, tiveram, afinal, como resultado a revolta portucalense e a constituição em Entre Douro e Minho de um estado independente que não tardaria a demonstrar a sua viabilidade conquistando o território que com ele confinava a sul. Pode-se, assim, dizer que a Batalha de São Mamede marca o início da independência portuguesa. Os jograis e cronistas da Idade Média aperceberam-se à sua maneira desta realidade, fazendo da batalha a primeira sequência da gesta de Afonso Henriques e tecendo em torno dela uma narrativa destinada a explicar o destino heróico e dramático do nosso primeiro rei. Preservaram mesmo uma expressão da decisiva colaboração dos barões, atribuindo a vitória a Soeiro Mendes, e não propriamente ao príncipe. No entanto, ainda no século XIV, sob a influência da historiografia clerical, que dava maior importância ao papel de Afonso Henriques como caudilho da guerra santa, desenvolveu-se uma tendência para pôr em relevo a Batalha de Ourique, de preferência à de São Mamede. Aos olhos dos clérigos, uma vitória sobre os inimigos da fé cristã prestava-se mais à intervenção divina. A relação de Ourique com a fundação da nacionalidade foi então expressa pelo episódio da aclamação do príncipe como rei e sobretudo pela aparição de Cristo, à qual se atribuiu a origem das armas régias. Estas teriam, assim, nas «quinas» um significado de cunho religioso. A batalha e o seu carácter miraculoso vinculariam a Nação ao cumprimento de uma missão sagrada de combate aos infiéis, que seria afinal a justificação da independência. O papel histórico de São Mamede passou, assim, a segundo plano desde o fim do século XIV. A importância de Ourique teria, depois, nos historiógrafos de Alcobaça os seus melhores defensores. Permaneceu como o acto fundacional de Portugal até que a importância de São Mamede foi de novo reivindicada por Herculano. Foi preciso, porém, esperar até aos nossos dias para, em 1978, se lhe dar o maior relevo, no congresso histórico que comemorou o seu 850.º aniversário.


quarta-feira, junho 23, 2004

AINDA HÁ OCIDENTAIS DE PÉ... MAS NÃO MUITOS

Duas notícias curtas e fáceis de ler, em itálico:

• RÚSSIA
Confrontos na Ingúchia fazem 48 mortos
O ataque dos rebeldes contra várias cidades na Ingúchia, república russa vizinha da Tchetchénia, na noite de segunda para terça-feira, provocou pelo menos 48 mortos, entre policias e civis, e 30 pessoas ficaram feridas, indicou fonte ao ministério inguche do Interior.

( 07:33 / 22 de Junho 04 )

Os rebeldes atacaram o ministério inguche do Interior e uma unidade de guardas-fronteiriços em Nazran, um depósito de armas do ministério do Interior, e várias esquadras da polícia, igualmente na cidade de Karaboulak, segundo fontes do ministério do Interior.

De acordo com a mesma fonte, citada pela Interfax, os assaltantes eram cerca de 200.

Os rebeldes, aparentemente provenientes da Tchetchénia e da Ossétia do Norte, atacaram as forças da ordem em várias cidades inguches.

Entretanto, elementos das forças especiais russas da FSB (ex-KGB) envolveram-se em confrontos entre homens armados e as forças de segurança na república russa do Daguestão, vizinha da Tchetchénia, revelou a agência de imprensa russa, RIA Novosti.

Líder rebelde por trás dos ataques

O ministro tchetcheno do Interior e candidato à presidência da República caucasiana, Alou Alkhanov, acusou os combatentes do líder de guerra radical, Chamil Bassaiev, de estarem por trás do ataque rebelde.

«Temos informações de acordo com as quais foi Bassaiev quem preparou esta operação, tendo os seus homens levado a cabo a missão», defendeu Alkhanov, salientando que «a operação não se pôde fazer sem a autorização do líder separatista Aslan Maskhadov».


• INGÚCHIA
Rebeldes devem ser «liquidados», diz Putin
Os combatentes que lançaram um ataque em Ingúchia, república russa vizinha da Tchetchénia, devem ser encontrados e «liquidados», disse esta terça-feira o presidente russo, Vladimir Putin, citado pela agência de notícias Interfax.

( 15:35 / 22 de Junho 04 )

«É preciso encontrá-los e liquidá-los, e aqueles que for possível capturar vivos devem ser entregues à justiça», afirmou Putin.

O presidente russo adiantou ainda que «praticamente todas as acções criminais visam colaboradores dos organismos de segurança».

Segundo um balanço provisório, o ataque ocorrido na noite de segunda para terça-feira contra as forças da ordem em várias cidades da Ingúchia, provocou a morte a pelo menos 48 pessoas, das quais dois rebeldes.



Razão tem Vladimir Putin. O perigo islâmico só se combate de armas na mão e aço na alma. Os de Mafoma só conhecem a linguagem da força. O seu credo, espiritualmente imperialista, espalha-se como uma doença e urge travá-lo. Assim se demonstra que os Russos tinham razão na Tchetchénia, como têm razão agora.

A escumalha islâmica radical não perde uma só oportunidade de avançar, com toda a naturalidade do mundo, dizendo, em muitos casos, ao que vão: querem simplesmente conquistar o máximo de território possível para o Islão. Porque a doutrina universalista, igualitária e internacionalista do Islão é inevitavelmente intolerante e totalitária: como parte do princípio de que todos os homens são iguais, independentemente da raça, e parte também do princípio de que o seu Deus é o único verdadeiro, transporta consigo a ideia de que todo o bom islâmico tem o direito de ajudar a converter o mundo por qualquer meio que seja eficaz, destruindo tudo e todos que se opuserem à conversão.

Mas isto é «inverosímil» demais para as mentes dos humanistas que dominam os mé(r)dia ocidentais.

Pesam, no seu julgamento humanista da situação, os seguintes factores:
- uma certa simpatia pelo Islão (pois que a religião de Maomé, tal como a de Jesus, mãe não reconhecida do Humanismo, é igualitária e universalista);
- a simpatia masoquista pelos inimigos históricos da Europa: mais uma vez, o Humanismo é aqui um herdeiro do masoquismo cristão que, perante a agressão vinda de outrem, manda dar a outra face. Isto está aliado a um outro veneno espiritual trazido para a Europa pelo credo do Nazareno: a ideia de que «somos todos culpados perante Deus!». Ora, o Humanismo, sendo laico e não raras vezes ateu, põe «o Outro» no lugar de Deus. Daí o sentimento esquerdista da culpa perante o «outro» étnico, isto é, o estrangeiro de outra raça e/ou etnia. Pode parecer exagero da minha parte, mas já vi um autor humanista a dizer que a nova religião para o próximo século, tinha de ser a religião «do Outro», isto é, pôr, em primeiro lugar, o respeito pelas crenças «do Outro»;
- e, também, a ideia, totalitária, de que o Humanismo «é que possui A cultura e A lógica», o que acaba por significar que, para um humanista, os seus valores são «Os Valores», os únicos e admissíveis valores.
Por isso, o humanista não percebe - mas não percebe mesmo, a sua incompreensão é genuína, sincera, e é isso que mais evidencia o seu grau de fanatismo - que existam homens inteligentes, poderosos e devotados que estão apostados em expandir o império da sua fé religiosa. E, por isso, o humanista prefere pensar que tais combatentes fanáticos... não existem. Pim!, desapareceram. Eram só uma invenção dos «fascistas» e dos «bushianos» para oprimirem os pobres Árabes, coitadinhos.


Em relação à resistência nacionalista europeia, o seu procedimento é outro...
Quando encontram, pela frente, quem afirma valores contrários aos seus, estes humanistas ficam doentes de raiva, derivada da sua enorme frustração e incompreensão - eles pensavam mesmo que só as ideias humanistas é que podiam ser defendidas e promovidas por meio da cultura e da lógica. Quando constatam que, afinal, é possível sustentar, com cultura, toda uma outra visão do mundo em frontal oposição à humanista, quando constatam que a lógica do oponente político é rigorosa e coerente,

nessa altura, ficam desorientados. Não estavam preparados para isso. Nunca ninguém (isto é, os seus orientadores e mestres) lhes disse que, do «outro lado», do lado inimigo, também havia inteligência.

E ei-los que, nessa altura, partem para o insulto ou para a proibição das ideias contrárias.


ARTE(S)

Uma página gira, para quem gosta de boa arte:

http://libreopinion.com/revision5/2artista.htm

E viva o bom gosto...


PERSEGUIÇÃO POLÍTICA «DEMOCRÁTICA»

Vou ainda a tempo de dar notícia significativa: um dos seguranças da empresa Prosegur foi excluído do grupo de «stewarts» que têm por função zelar pela ordem nos estádios durante os jogos.

Motivo da exclusão: é um skinhead de extrema-direita, conhecido como Boniek.

E é isto a tão falada «Democracia»?

terça-feira, junho 22, 2004

OLIVENÇA DISCUTIDA NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Mais uma vez, faço passar um comunicado de um grupo que me parece ser de grande valor e que merece muito mais atenção da parte dos Portugueses do que aquela que lhe tem sido dada. Não fossem os imperativos profissionais, deslocar-me-ia, no dia 25 do corrente, à Assembleia da República.



Grupo dos Amigos de Olivença

*

Nota Informativa 09-2004

Assembleia da República discute Questão de Olivença

A Questão de Olivença foi agendada, para discussão conjunta em Sessão Plenária da Assembleia da República, para o próximo dia 25 de Junho, às 10:00 horas (Petição n.º 61/VIII/1.ª).
Face à importância e significado da apreciação da Questão de Olivença pelo Parlamento, convidam-se os apoiantes e amigos de Olivença a comparecer na Assembleia da República, naquela ocasião, testemunhando tão decisivo acto político.
Pela manifesta relevância política, convidam-se os meios de comunicação social a acompanhar e noticiar o acontecimento.

Lisboa, 22 de Junho de 2004.

A Direcção

segunda-feira, junho 21, 2004

OS PERIGOS DO ORIENTE - AMEAÇAS DE SEMPRE

No dia vinte de Junho do ano 451 d.c., Átila, líder dos Hunos, foi derrotado na batalha dos Campos Catalaunicos por uma união de Romanos, Visigodos e outros aliados, sob o comando do romano Aetius.
Átila, que chamava a si próprio «O Flagelo de Deus», que afirmava que nenhuma erva voltaria a crescer depois de ter sido pisada pelos cascos do seu cavalo, foi um chefe de guerra que conduziu o seu povo, de raça oriental - mongolóide, isto é, cientificamente falando, amarela, parente dos Mongóis e, também, dos Turcos - até ao Ocidente, aterrorizando todo o mundo civilizado da altura, não só devido à sua crueldade e ferocidade - diz-se que os Hunos andavam sempre com a cara rapada para que se lhes vissem as cicatrizes no rosto, de modo a atemorizar os inimigos; a carne que comiam, era aquecida apenas debaixo das suas nádegas, sempre a cavalo - mas também em virtude da sua fama de invencibilidade.

Efectivamente, a generalidade dos povos considerava que os Hunos eram imbatíveis. Esta gente oriental, de aspecto desagradável - as suas feições, mongólicas, feias aos olhos dos ocidentais, eram agravadas pela sua expressão assustadora - combatia sempre montada em cavalos velozes, com uma rapidez e uma eficiência que a tudo e todos ultrapassavam.
Os escribas gregos que falaram de Átila deixaram registado que ele saqueou e destruiu mais de trezentas cidades e matou quatro milhões e duzentas mil pessoas.
Criaram-se mitos em torno deste Flagelo de Deus, que varria toda a Europa.

Mas foi batido.

Entrando na Europa pelo leste, tudo levou à sua frente até chegar à zona onde é hoje o sul de França, já muito perto de Roma. Aí, teve de enfrentar as forças coligadas de Romanos e Visigodos e, pela primeira vez, o seu avanço foi travado e, a sua hoste, desbaratada.

Foi só isso que pôde impedir uma queda total da Europa nas mãos de não europeus: a união dos diferentes povos ocidentais (diferentes, mas da mesma raiz árica), nomeadamente de Latinos (Romanos) e Germânicos (Visigodos).

E hoje, como ontem, em que perigos vários se levantam, cada vez mais fortes, no horizonte do futuro próximo - o Islão, a China - a Europa só pode sobreviver com uma união harmoniosa entre os seus povos, irmãos da mesma estirpe indo-europeia e partilhando uma mesma forma de civilização assente na Liberdade e na Dignidade humana.

domingo, junho 20, 2004

SINAIS DO ETERNO

Na semana passada, foi noticiada a criação de mais um método para combater o cancro: mais eficaz, menos perigoso no que respeita a efeitos secundários. É baseado no laser.

Já na Antiguidade europeia se considerava que o Deus da Medicina era também um Deus da Luz: Apollo entre os Gregos (e, por adopção, entre os Romanos também) e Lug, no mundo céltico.

UMA VOZ PELA EUROPA DAS NAÇÕES

Um esplêndido site integral e verdadeiramente europeu:

http://www.imperium-europa.org/

Bom texto - embora a parte respeitante à religião seja um pouco desenxaibida - ideias claras e poderosas, magnífica simbologia: o Raio e o Sol, forças luminosas desde sempre veneradas pelas estirpes europeias.

Excerto de uma entrevista que o dirigente do Imperium Europa, Norman Lowell, deu ao site ECONAC:

«ECONAC - No vosso manifesto eleitoral, promete acabar com a imigração ilegal. Pede que sejamos duros porque é uma luta pela nossa própria sobrevivência. Não acha que este é um ideal ou um comentário racista?

NL - De modo nenhum! Devemos ficar indefesos perante esta invasão flagrante? Devemos atirar ao chão a toalha da resignação? Devemos inclinar as nossas cabeças e deixar que nos cortem a garganta? Devemos compactuar com um futuro que será um pesadelo para as nossas crianças? Devemos tornar-nos outra Birmingham, Bradford ou Brixton? O Comandante da Polícia Metropolitana de Londres divulgou um comunicado a semana passada afirmando que “as áreas impenetráveis estão a crescer por toda a Bretanha”. Áreas impenetráveis significa que são áreas onde os brancos não podem ir! Os britânicos, um povo outrora nobre e orgulhoso, com um império em redor do globo, tornaram-se agora estrangeiros na sua própria terra.

Nós no Imperium Europa somos a única voz de Malta. Somos a única alternativa real ao sistema decrépito que vendeu a nossa ilha e atirou o seu povo pelo ralo abaixo. Nós do Imperium Europa, e a minha pessoa em particular sendo o seu líder, temos por intento ser a voz do povo de Malta no futuro, inevitável, imparável: Imperium Europa.



ATÉ QUANDO???!!!

Os «jovens»(isto é, para quem não conhece ainda o código dos mé(r)dia, os negros das gangues) do bairro 6 de Maio, na Amadora, revoltaram-se contra as autoridades e, como não podia deixar de ser, viraram e incendiaram carros, caixotes do lixo (atirados para a estrada) e deram tiros de caçadeira em agentes da autoridade.

Ora, como é que esta gente pode ter caçadeiras em casa? Terão licença de porte de arma?

Fizeram tudo isto porque um dos criminosos que morava no bairro, morreu de ataque cardíaco, depois de ter sido levado para a esquadra por «suspeita» de furto, mas morreu de ataque cardíaco muito depois de ter sido solto pela polícia (no dia seguinte à sua detenção, como é da praxe: estes «jovenzinhos» são sempre soltos no dia seguinte).


Até quando é que o Estado vai continuar a permitir esta vergonha? QUANDO é que procederá de acordo com a sua própria lei, expulsando os estrangeiros criminosos?

E há ainda quem queira dar a cidadania aos filhos todos desta gente... para afundarem de vez o país no caos racial e social.

BONS MEIOS PARA MAUS FINS

«Van Helsing» é palerma e «Hellboy» é sofrível.

O primeiro, incomoda por ser um bom exercício cinematográfico em termos de cenários, de efeitos especiais, de actores até - e mesmo no que respeita à história em si - ao serviço de um argumento por demais imbecil. O resultado é desastroso.

Ideologicamente falando, tenho a dizer que a segunda película acima citada tem cenários, efeitos especiais, actores, tema, de qualidade comparáveis à primeira, e, apesar do ridículo tipicamente yanke de certas situações - a própria ideia de um demónio, vindo de outra dimensão, a usar como arma um «g'anda» revólver, parece até uma caricatura do típico americano, amante incondicional de armas de fogo - até tem uma história gira (banal, mas gira) e um argumento razoável.
Toda esta qualidade é posta ao serviço de uma ideologia bastarda e bastardizante: o bom da fita, o demónio, é bonzinho e quer parecer humano, apesar da sua origem. Para isso, corta os próprios cornos, o que, sendo encarado no filme de um modo meio humorístico, não deixa contudo de significar uma auto-mutilação em nome de um ideal de mudança de natureza. Há mesmo uma altura no filme, de importância crucial, em que o dito demónio ignora propositadamente o seu próprio nome porque quer renunciar à sua identidade. Saliente-se que o demónio, Hellboy, foi convocado para este mundo pelos ocultistas do Nacional-Socialismo, mas, tendo sido desde cedo adoptado e educado por americanos, tornou-se num bom yanke, ou seja, foi bem domesticado e condicionado.

Renunciar à identidade é pois a mensagem chave: renunciar à identidade, quando esta identidade «é má». E, claro, do lado dos maus, estão os nazis - não será certamente por acaso que os nazis aparecem aqui, como parábola do mal que, segundo o autor do filme, pode ser inerente a determinada raíz.

O que a obra transmite é pois o seguinte: se algum dia os nazis quiserem dizer-te que a tua raiz (raça, estirpe) te impõe um dever de lealdade, faz como o Hellboy que manda os maus à fava e continua a ser um bom yanke adoptivo.

Um dos vilões, é um velho nazi, esoterista, de todo repulsivo (mutila-se a si próprio ao ponto de retirar do seu corpo as pálpebras), que, devido ao poder da sua vontade doentia, continua vivo quando já devia estar morto, e o seu sangue é só pó... numa dada parte do filme, um dos «bons», diz, a respeito dos maus, «Sessenta anos depois de tentarem destruir o mundo, eles voltam...»

Mesmo correndo o risco de parecer paranóico a respeito das intenções americanizantes do produto, tenho de salientar que os bons da fita são todos americanos e que os maus são quase todos alemães, excepto um, o pior de todos, que é russo (Rasputin)...

... pois, o mal é europeu...

Claro como água.

CONCERTO NACIONALISTA E DUALIDADE DE CRITÉRIOS

Houve um pequeno interregno neste blog, o que, como os leitores mais antigos sabem, não quer dizer nada de especial. Nem sempre cá posso vir e nem sempre tenho assunto.

Recordo e celebro a realização do concerto nacionalista de ontem à noite, muito falado na imprensa, não raras vezes de um modo verdadeiramente ridículo. Houve quem escrevesse, em jornais de grande circulação, que nos encontros nacionalistas, se realizavam... combates medievais???!

...

Na «Capital» de ontem, estava escrito, como sub-título da notícia sobre o concerto algo como «Hoje há concerto e duelos».

Duelos?

Um general que falou para o supramencionado pasquim, chegou mesmo a achar necessário dizer «A segurança do país não está em risco».

A segurança do país?

A segurança do país, meus amigos?...

Não sei se o militar disse isto seriamente ou se estava a querer ser trocista para com o orgão de imprensa para o qual falava.

De um modo ou de outro, a afirmação é de um ridículo mentecapto, destinada a atrasados mentais.

Enfim, os jornalistas inimigos do Nacionalismo fazem a festa e deitam os foguetes. E, como podem falar livremente na sua praça pública - isto é, os seus jornalecos - sem que do lado contrário possa vir uma voz de desmentido, ei-los que se encontram livres para inventar qualquer espécie de imbecilidade sem que ninguém disso os acuse perante o povo.

Quando se trata de um evento nacionalista, fazem um escarcéu por causa da violência que pode vir a acontecer; quando, em eventos de extrema-esquerda, a violência acontece de facto , não se lhes ouve uma só palavra de alerta e muito menos de censura.

Francisco Louçã, por seu turno, esteve atento e, por conseguinte, não perdeu esta oportunidade de se mostrar nojento: os mé(r)dia deram-lhe hipótese de dizer que as forças policiais estavam obrigadas a localizar o local do evento e a impedir a sua realização, uma vez que a lei proíbe o Fascismo, etc.. Queria este grandessíssimo deputado do BE fazer crer que o concerto era ilegal, ignorando, ou querendo fazer esquecer, que, em privado, qualquer um pode realizar os concertos que entender (por enquanto...), independentemente da orientação ideológica do dito concerto.

Mostrou-se deveras preocupado com a violência que, nas bocas do mundo, anda associada a concertos de skinheads. A violência dos skinheads incomoda-o muito, o mesmo não se podendo dizer da violência dos fanáticos de extrema-esquerda, que, nas suas «manifs» anti-globalização, queimam lojas e carros, para além de agredirem pessoas, incluindo representantes da autoridade do Estado. Alguns destes manifestantes chegam mesmo a ir fardados e mascarados para essas manifestações de grande violência urbana.

E a tal ponto é verdade que esta violência de esquerda (a violência de «rosto humano», a «boa violência», porque é por uma «boa causa) não o incomoda que ele próprio até quis levar uns quantos lacaios seus do BE para uma dessas «manifs», em Espanha.

Pois. Só que, para seu azar e nosso divertimento, os guardas fronteiriços espanhóis não estiveram com meias medidas e travaram-lhes a excursão.
Os polícias espanhóis conseguiram, facilmente, o seu intento, mas demonstraram ser um pouco incompetentes, uma vez que, no local onde os BE foram impedidos de entrar em Espanha, foram encontradas muitas lambadas no solo, isto é, lambadas que se perderam, uma vez que caíram no chão.
Creio que o Dr. Francisco Louçã se safou de levar nas ventas, mas ficou danado à mesma, esperneando mais do que cabrito montês, babando-se de raiva e frustração, como bem se viu pelo modo mesquinhamente rancoroso (ou melhor, mais mesquinhamente rancoroso do que é costume) com que invocou o «acordo de Schengen», e o direito que toda a gente tem de ultrapassar todas as fronteiras, entre outras abjectas bacoradas. E, se não me engano muito, pareceu-me ouvir na sua diatribe uns laivos de incitação ao anti-espanholismo mais primário...

... O modo como certa escumalha pensa poder manipular os sentimentos nacionalistas é especialmente asqueroso.




quarta-feira, junho 16, 2004

ELEIÇÕES

Só hoje é que me dispus a escrever aqui sobre as eleições, caros leitores, por motivos que só a mim dizem respeito e que nem eu próprio conheço...

Resumindo, o PNR, única força nacionalista em Portugal, subiu.
Pouco, mas subiu: duplicou os votos.
Nos locais em que os seus militantes trabalharam, tais como Lisboa e Oeiras, os votos foram em maior número do que nas legislativas de 2002.
É verdade que as abstenções beneficiam os partidos pequenos, porque são esses cujos eleitores, em reduzido número, votam sempre por ideal e, por isso, vão sempre deitar o voto na urna, quer faça sol quer chovam borregos, mas isso diz respeito aos partidos que já tiveram tempo de consolidar um núcleo duro de votantes indefectíveis. O PNR, é recente demais para isso, sendo esta a terceira eleição em que participa.

Diz-se por aí que a Esquerda venceu. Erro crasso: o que venceu foi o descontentamento com a actual situação económica. Na Alemanha, por exemplo, onde a Esquerda liberal tem estado no poder (o SPD de Schroeder) averbou uma derrota histórica, em benefício dos democratas cristãos (de «Direita»).

No todo Europeu, o PPE - Partido Popular Europeu, de «Direita» (a «Direita» capitalista e apátrida - ganhou mais deputados.

É curioso e engraçado notar que as pessoas estão em geral descontentes com a situação económica produzida pelo capitalismo selvagem (desemprego, aumento do fosso entre ricos e pobres, perda de direitos laborais). Por isso, votam no maior partido da «oposição», seja ele qual for... ignorando que em todos os países, os dois maiores partidos, os únicos com hipóteses de formar governo, são ambos pró-capitalistas(como nos EUA).

As pessoas não entendem que o princípio do «voto útil» (votar no maior partido «contrário» ao inimigo para o inimigo não ganhar) não é útil senão ao grande capital que, apoiando os dois maiores partidos do poder, está sempre garantido e ganha cada vez mais poder no mundo.

Dizia um militante extremo-direitista, Robert Mathews, que, se o acto de votar pudesse realmente mudar alguma coisa, esse acto de votar seria em breve proibido...
Por cá, disse certo comunista que uma maciça votação em branco, seria boa para «abalar o sistema!».

Deixo o sarcasmo inteligente de um - Robert Mathews - e o rancor de mau desportivismo de outro - José Saramago - e afirmo que cada um deve votar, não no partido que «pode ganhar» - porque, caros leitores, quer ganhe o PSD quer ganhe o PS, só os macacos é que mudam, porque a macacada é a mesma, nos mesmos poleiros - mas no partido em que acredita. Este apelo é lançado aos Nacionalistas Portugueses que querem que os seus descendentes possam ser Portugueses e possam ver um rosto europeu quando se olharem ao espelho.



sexta-feira, junho 11, 2004

SINCERIDADE QUE EXPÕE A CARECA DE CERTO GRUPINHO

São palavras de há uns meses, mas vale a pena lembrá-las. Saliento a negrito e itálico uma certa parte do texto...

Escreveu José Pacheco Pereira, actual euro-deputado e apoiante da coligação “Força Portugal”, no seu “blog” (http://abrupto.blogspot.com), em 29/02/2004:

“É uma frase mais que desapropriada para uma campanha europeia. Vejam só como ela soa se viesse de outro país: gostam de “Força Alemanha!” , ou “Força França!”, ou “Força Espanha!”? Parece grito de claque de futebol, ainda por cima nacionalista, e pouco europeu. É aqui que se vê a mão do PP.

Tomada a sério, não significa nada. Tomada à letra, significa várias coisas perigosas e enganadoras. O programa europeu unificador de PSD, PS e PP (pelas razões de oportunidade conhecidas) é o da Constituição Europeia: maior integração política, cedências de soberania, mais Europa, menos Estados-nações. Onde é que está o “Força Portugal!”? O que é que significa? O contrário do que parece.

Para que não haja dúvidas sobre o real significado do «Nacionalismo» do PP.



MAIS UM ACTO REPELENTE DO S.O.S. RACISTA QUE FICA REGISTADO.

Mais outra notícia:

Polícia municipal impede arraiais a indivíduos de «tez negra»
Um ofício da Polícia Municipal de Lisboa recusa a realização de arraiais populares na zona do Martim Moniz. O comandante da força, subintendente Almeida Rodrigues, refere que os espaços «são zonas problemáticas, frequentadas por indivíduos de tez negra».

( 20:00 / 10 de Junho 04 )




Numa carta, em três pontos, enviada à Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, Almeida Rodrigues justifica a sua recusa para a realização dos arraiais populares na Rua da Mouraria e no Largo do Intendente.

O responsável da polícia diz que as áreas são zonas de risco e que os arraiais poderiam potenciar situações perigosas, mas numa tentativa de ser mais explícito, o comandante da Polícia Municipal afirma que os «habituais frequentadores da zona são na sua maioria de tez negro, toxicodependentes e pessoas que se prostituem. Estes indivíduos trazem consigo e põem em prática os usos e costumes de origem».

Almeida Rodrigues entende que a situação descrita aumentou a promiscuidade naquela zona da cidade e adianta que «estes indivíduos, constituindo-se em grupo, tiram daí a força, que conjugada com a sua formação e princípios étnicos que os levam a tomar atitudes de inconformidade a qualquer ordem dos agentes de serviço».

A carta diz ainda que estas situações já levaram a casos de conflitos e de detenções.

Subintende refuta ideia de racismo

A TSF pediu ao próprio Almeida Rodrigues para explicar os argumentos de recusa aos arraiais populares, que referiu que já «houve vários problemas, com os nossos agentes a serem agredidos, por elementos desse género, das pessoas que circulam nesses locais».

Sobre a necessidade de a carta à Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural referir que a zona é frequentada por indivíduos de «tez negra», o responsável policial diz que «não há relevância. Foi só dizer que tipo de pessoas poderão circular e trazer algum problema na área».

«Se continuarmos só com música africana, vai chamar mais africanos para esse local, logo vai trazer mais problemas, em princípio. Poderá trazer mais problemas», continuou.

Ao ser questionado sobre se esta não seria uma abordagem racista ou xenófoba ao problema, Almeida Rodrigues sublinhou que refuta «qualquer ideia conexa a essa situação. Não me revejo numa situação dessas».

«SOS Racismo» considera que há um caso de «racismo primário»

O caso foi denunciado pela organização «SOS Racismo» e José Falcão, responsável da estrutura, disse à TSF que «isto é de um racismo primário a todos os níveis, numa cidade que quer ser agente de inclusão. No Martim Moniz há gente de todo o lado e as festas têm trazido vivacidade à cidade e têm decorrido sem problemas de segurança».

«Perguntamos ao autarca de Lisboa [Pedro Santana Lopes] se se revê nesta situação. Como é possível ter à frente da sua polícia uma pessoa que pensa assim e age assim? Já fizemos queixa à comissão para a igualdade e contra a discriminação racial, já enviámos o comunicado e a referida carta para os grupos parlamentares. Pensamos que isto é impossível de ficar assim, no século XXI», concluiu.

PS pede demissão de Almeida Rodrigues

O presidente do PS/Lisboa, Miguel Coelho, também vereador socialista na Câmara Municipal de Lisboa, já reagiu ao caso, mostrando-se «estupefacto» e defendendo a demissão do responsável pela polícia municipal.



Claro que os lacaios da Nova Inquisição Esquerdista, os esbirros do SOS Racismo, tinham de se armar em bufos mesquinhos e totalitários, querendo punir quem se atreveu a dizer uma verdade que eles, SOS Racistas, querem CALAR. Chama-se à sua abjecta atitude «saneamento totalitário», o mais puro terrorismo ideológico: perda de emprego para quem se opuser à bandalheira nojenta que essa NOJENTA E ASQUEROSA organização quer impor.



A «RECOMPENSA» POR DIZER A VERDADE NA ACTUAL «DEMOCRACIA»

Notícia significativa, que segue a itálico. Os comentários, são posteriormente feitos em escrita normal.


Em

http://tsf.sapo.pt/online/vida/interior.asp?id_artigo=TSF150158

Santana Lopes pede demissão de responsável da polícia
O autarca de Lisboa pediu a demissão de Almeida Rodrigues, depois do comandante da Polícia Municipal ter desaconselhado a realização de arraiais populares na Mouraria e no Intendente, por motivos xenófobos.

( 06:49 / 11 de Junho 04 )

A decisão da autarquia de Lisboa foi divulgada através de um comunicado, onde é garantido que «mal tomou conhecimento» das declarações de Almeida Rodrigues, Santana Lopes (na foto) «solicitou ao seu Chefe de Gabinete que o Comandante da Polícia Municipal apresentasse a sua demissão».

O texto adianta ainda que a decisão do presidente da Câmara de Lisboa foi tomada «sem precisar de opiniões ou exigências de ninguém, pois era uma consequência óbvia após ouvir» as declarações do responsável da polícia.

Em causa está o facto da Polícia Municipal ter enviado à Empresa Municipal de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural um ofício onde desaconselha a autorização de arraiais na Rua da Mouraria e no Largo do Intendente Pina Manique.

O documento apoiava esta decisão tendo por base o argumento de que os habituais frequentadores destas zonas «são na sua grande maioria de tez negra, toxicodependentes e pessoas que se prostituem».

Freguesia exige desculpas

O presidente da Junta de Freguesia do Socorro, José Levita, exigiu um pedido de desculpas dirigido à população da Mouraria e adiantou que vai apresentar uma moção na Assembleia de Freguesia extraordinária nesse sentido.

«Defendo que este senhor (Almeida Rodrigues) faça um pedido de desculpas públicas às populações da Mouraria», disse o presidente da Junta, sublinhando que «há mais gente a viver neste bairros e são pessoas que merecem o respeito, principalmente de agentes da autoridade».



Costuma dizer-se que «Quem diz a verdade, não merece castigo».
No entanto, o politicamente correcto Santana Lopes contrariou esse ditado.
Aliás, o seu uso do termo «princípios intocáveis», a respeito do Sacrossantíssimo Dogma do Anti-Racismo, da Nova Inquisição Esquerdista, mostra bem o sentido ideológico da actual democratura (que não é democracia, mas uma farsa, o que é cada vez mais evidente).



DIA DA RAÇA

Devido ao facto de as acções políticas de ontem não me terem permitido ligar sequer o computador, não pude prestar a minha homenagem escrita ao Dez de Junho, Dia da Raça.

Mas mais vale tarde do que nunca.

Quem conhece este blogue, prevê com facilidade que aqui o nome do dia de ontem tem mesmo de ser «Dia da Raça», designação que foi alterada, de um modo particularmente insípido, em nome do politicamente correcto, isto é, do ideário esquerdista.
Dia da Raça, dia da Estirpe, Dia da Nação. Nesse dia, recebi um auto-colante da formação política belga de nome «Nation», cujo símbolo é uma cruz céltica - perfeitamente apropriado, dada a origem étnica (pelo menos parcialmente falando, a par da latina) da Nacionalidade Lusa.

O Dia da Raça é como o Natal dos Nacionalistas. Uma ocasião especialmente dedicada a celebrar o facto de existirmos e a saudar o estandarte da Nação. Como se cada nacionalista fosse uma árvore de natal que, em vez de usar adereços natalícios, ostenta símbolos nacionais, mesmo que a comparação com a árvore de natal seja, actualmente, pejorativa. Mas quem lê este blogue sabe talvez que, aqui, as leis do que é ou não de bom gosto, não são exactamente as que certas «elites» impuseram como dominantes.

Foi bom, ontem, ver tantas bandeiras nacionais colocadas às janelas, nos automóveis, etc.. Ver isso foi bom.

Ver, foi bom. Saber o porquê disso é que não. O motivo disso é irritante e tal ostentação «patriótica», deve-se tão somente ao futebol.

Nos dias que correm, não lembra a praticamente ninguém - pelo menos, em Lisboa - a ideia de pendurar uma bandeira à janela num Dez de Junho.
Tal atitude seria considerada «folclórica» - com o sentido pejorativo que se dá a este termo, hoje em dia, o que comprova a miséria cultural dominante, pois que, ao contrário do que pensa a ralé, «folclórico» não quer dizer «foleiro», e muito menos «pimba», mas sim «da cultura do povo».

Pois.

Mas, se for por causa do futebol, aí já não dizem que é «folclórico». O esférico correndo sobre o relvado com vinte sujeitos fardados atrás do dito, eis o que inspira respeito ao tuga. Em contrapartida, a tugalhada está-se borrifando para o Dia da Raça.

Mais uma vez se demonstra que a miséria do País não tem só a ver com dinheiro. Nem tampouco se pode dizer que a falta de dinheiro seja o aspecto mais deprimente da actual vida nacional.

Não obstante, enquanto houver um punhado de nacionalistas autênticos, nem tudo é triste.

quarta-feira, junho 09, 2004

SOUSA FRANCO

Lamento a morte de Sousa Franco, que me parecia, no seio da classe política dominante - isto é, dos partidos mais votados - uma figura singularmente respeitável. Até me surpreendi por simpatizar, pela primeira vez, com um candidato socialista.

Teve o mérito, cada vez mais raro, de travar o negócio com o qual Champalimaud se preparava para entregar uma parte da economia nacional ao estrangeiro e chegou mesmo a afirmar que os Estados europeus deviam ter o direito a defender a sua economia nacional.

OS SALÁRIOS DOS POLÍTICOS

O presidente da AEP, Ludgero Marques, afirmou, recentemente, que os salários dos políticos portugueses são «baixos».

Torna-se chocante dizer-se uma coisa destas num país em que o primeiro ministro recebe milhares, enquanto o ordenado mínimo é menos de cem contos por mês. O primeiro-ministro português tem um ordenado maior do que o do seu homólogo espanhol, e o ordenado mínimo em Espanha é bem mais elevado do que o de Portugal. A situação portuguesa, neste campo, é quase terceiro-mundista.

E, não obstante, os manda-chuvas do sistema empenham-se em aumentar ainda mais o fosso entre os cidadãos e a classe dirigente.

O cavalo de batalha de quem assim fala é o de que «o mérito tem de ser bem pago», e de que «a eficiência paga-se».
Isto é, encaram a liderança de uma Pátria como se de um posto para mercenários se tratasse.

Por mim, digo: quem não vai para a política porque na política se recebe «mal», tem o meu agradecimento - não se metam na política de maneira nenhuma. Vão lá fazer o vosso rico dinheirinho para alguma empresa e deixem a governação em paz. Trabalhem para o País, trabalhem, no vosso posto, sem levantar cabelo nem arranjar problemas. Servem para trabalhar. Portanto, trabalhem. Não governem.

Quem não vai para a política porque na política se recebe «mal», não faz falta alguma à política. Antes pelo contrário.
Basta de economicismo e de economicistas.

TELENOVELAS E... FASCISMO?...

No Expresso online,


http://online.expresso.pt/1pagina/artigo.asp?id=24744807&wcomm=true&pg=3#comentarios


Jorge Leitão Ramos afirmou, em artigo recente, que a telenovela «é o Fascismo», porque «simplifica», porque «apresenta a realidade já sem nada para motivar o pensamento», contra a intelectualidade, etc..

No entanto...

Por um lado, diz JLR que a telenovela é o Fascismo.
Contudo, é nos regimes anti-fascistas que a telenovela prospera.
A mentalidade dominante na moralidade das telenovelas, é de Esquerda liberal.

Pelos vistos, não é só o «Fascismo e o Estalinismo»(porque é que o autor não diz Sovietismo, por exemplo?... Estranho...) que querem estupidificar o povo... se calhar, a receita «pão e circo» já vem de longe...

De mais perto no tempo, vem o kitsch, e é aí que radica a telenovela: simplificação das mentes, maniqueísmos grosseiros.

Acresce que, ao contrário do que diz o autor, o Fascismo tinha os seus intelectuais. E a telenovela não é fascista porque a telenovela narra a vidinha, tantas vezes mesquinha e medíocre, dos anónimos do quotidiano, ao passo que o Fascismo é a exaltação do indivíduo para um futuro de progresso, conseguido ou não.

Detalhe da vida política.

O primeiro ministro Durão Barroso tem graça.
Ao falar constantemente da retoma, por tudo e por nada - até a propósito do futebol - faz pensar num sujeito optimista que quer convencer os amigos de que, «desta vez», o carro pega. E puxa, e puxa, e puxa pelo motor a ver se liga, e promete que vai ligar, é só esperarem um bocadinho que o chaço vai já ser posto a rodar pela estrada fora.
Tem uma graça acrescida pelo facto de ter andado a dizer, no tempo do governo anterior, que o País estava de tanga, estava uma miséria, um descalabro. Mas agora, com ele, é que vai ser bom. Lembra a imagem de um solitário que mexe com fantoches, faz a festa e deita os foguetes.

terça-feira, junho 08, 2004

CHURROS E PORRAS

É sempre empobrecedor quando se perdem termos autênticos, designações genuinamente populares e se substituem estas por outras, mais inócuas, menos «chocantes». É, no mínimo, triste. E torna-se irritante por ser triste e não ter justificação séria: trata-se certamente de algum vago desagrado da parte de uns poucos, de algum «não parece bem...», de alguma merda dessas.


No ano passado, as barracas que vendiam farturas, na Feira do Livro, sita no Parque Eduardo VII, anunciavam, nos seus placares, a venda de farturas, churros e porras. Foi só nessa altura que eu fiquei a saber que um daqueles canudos de massa contendo creme de chocolate/baunilha/morango, etc., eram denominados «porras». Os churros, nessa barraca, eram outra coisa: umas tiras de massa menos grossas que as porras e sem recheio. Em todas as outras barracas de farturas de Lisboa e arredores, chamam-se «churros» às «porras». Mas, ali, fiquei a saber o verdadeiro nome da referida guloseima popular.

Claro que, entretanto, deve ter havido alguma alma «sensível» que não gostou do termo «porra» e, vai daí, as barracas que estão na Feira do Livro deste ano chamam agora «churros» às porras e, aos churros, passam a chamar «churrinhos».

Churrinhos.

O ambiente ficou assim mais bem educadinho. E mais pobrezinho, e mais acanhandinho, e mais tacanhinho, mas enfim, mais bem educadinho.


Ora porra para os churrinhos e sobretudo para quem se ofende com palavras vernáculas e genuínas. Ouvi muitas vezes dizer que este país era triste e pobre, mas pensei que era só por motivos económicos.


ATLANTES...

Aparentemente, certo cientista alemão descobriu o que pensa ser um resto da lendária Atlântida, por ele localizada ao largo da costa espanhola. Isto tem particular interesse para todos aqueles que sempre quiseram atribuir aos Ibéricos um carácter diferente de todos os outros povos do mundo - seríamos, nós, Hispânicos, uma raça atlante, perdida nas brumas ocidentais, de génio antigo e glorioso e de arcaicas raizes.

Lembrar por exemplo as palavras de António Quadros, no seu primeiro volume de «Portugal - Mito e Mistério».

segunda-feira, junho 07, 2004

BLOCO NACIONALISTA EUROPEU

Le Pen tenciona formar um Bloco Nacionalista e conta, entre outros, com o PNR. Bom sinal para o futuro.

Em

http://www.nationalvanguard.org/story.php?id=3016


Can a broad nationalist bloc emerge in the next European Parliament?

by Hendrik Bosch

BRUSSELS – Between June 10th and 13th, elections will take place across the European Union for the European Parliament. This presents a unique opportunity for European nationalists, one that Jean-Marie Le Pen of France’s National Front plans to take full advantage of. Le Pen hopes to form a Europe-wide political bloc of nationalist and patriotic parties in the European Parliament.

The axis of this new European party would probably include three of Europe’s most successful patriotic parties, Austria’s Freedom Party, Flanders’ Vlaams Blok, and of course the National Front.

If Britain’s BNP manages to overcome government repression and the near-hysterical smear campaign of the system's controlled media and succeed in picking up seats, it would also certainly enter this coalition. Le Pen recently visited Britain to help boost the BNP’s European campaign.

Other possible members of the nationalist bloc include Portugual's National Renovation Party, Slovakia’s Movement for a Democratic Slovakia, the Netherlands anti-immigrant party Nieuw Rechts (New Right), Poland’s Self-Defense of the Polish Republic, Greece’s Hellenic Front, Sweden’s Swedish Democrats and several others. Germany is unlikely to be able to participate in the coalition because Germany’s right remains splintered between several parties and is unlikely to pass the undemocratic 5% hurdle.

A united European nationalist party in the parliament could present a serious challenge to the E.U.’s multiculturalist leftist agenda. It could also become a platform to launch a new Europe-wide nationalist movement. Aware of this, Europe’s Bolsheviks have stepped up their campaigns against free speech. In Belgium, the system's political cartel are attempting to ban the only major voice of opposition, the Vlaams Blok. In Germany, the governments of several states have attempted to hinder the NPD’s Europe campaign, alleging that the party's humorous commercials wishing foreigners a “Pleasant trip home” are “racist.”

The unprecedented oppression of the BNP in Britain, well known to National Vanguard readers, is yet another example. Despite the hardships, Europe’s patriots fight on for the future of their homelands and all of Europe. For them, failure is not an option. To all European readers, I ask you to remember to go out and support your national party on June 10 through 13.

quinta-feira, junho 03, 2004

QUOTAS...

Transcrevo uma notícia, em itálico, que foi editada no jornal «Público».


Defendidas Quotas para Travar Entrada de Mulheres nos Cursos de Medicina
Por EMÍLIA MONTEIRO, Publico, Quarta-feira, 02 de Junho de 2004


O crescente número de mulheres a entrar nas faculdades de Medicina está a causar apreensão entre alguns sectores da classe médica e das próprias instituições de ensino. Há mesmo quem defenda a criação de quotas para homens, numa tentativa de travar a presença maioritária das universitárias nestes cursos. (...)


Há nesta sociedade militantemente igualitária uma imbecil mania de impor números «equilibrados». A ideia de equilíbrio do homem actual é essa: baseia-se no número. Não passa pela cabeça a quem defende quotas o facto de que o verdadeiro equilíbrio é feito pelas tendências naturais das pessoas.

E se houver só médicas e não houver médicos, qual é o problema?


Se os homens têm menos interesse em tirar cursos de Medicina, pode-se prejudicar as mulheres que têm esse interesse , fazendo-as ficar para trás em nome de uma paridade quantitativa?

E se os homens tiverem menos talento para ser médicos, devem os pacientes do País ser prejudicados, tendo um médico mau quando podiam ter uma médica boa, só porque há gente a quem faz confusão que haja «desiquilíbrios» nos números?

quarta-feira, junho 02, 2004

MAIS UM ATAQUE DESCARADO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Vão a tribunal, correndo o risco de serem presos, os dirigentes do CEI (Centro de Estudos Indo-Europeus), organização cultural catalã de cariz nacionalista, com pendor nacional-socialista.
Não há quaisquer provas contra este grupo no que respeita a crimes cometidos ou incitação directa à violência, mas a escumalha politicamente correcta reinante arranja sempre maneira de destruir a liberdade de expressão quando esta implica a difusão de ideias nacionalistas.

http://www.ceindoeuropeos.com/index.asp

Mais informações em

http://fascismoemrede.blogspot.com


The 25 of May three members of the cultural association ‘Circulo de Estudios Indoeuropeos’ (Circle of Indoeuropean Studies) have been arrested in Spain, in the region of Cataluña, by the regional police.

The C.E.I is a legal cultural association, inscribed in the registry of associations of the Spanish Home Office / Department of the Interior, and all their publications and magazines have ISBN / legal deposit. They have delegations in the regions of Cataluña, Madrid, Andalucía, Valencia, Guadalajara, Asturias, and also in México.

The three arrested are: Ramon Bau, 56 years, president of CEI, member in the past of the Spanish NS org CEDADE, that among other activities, during the 60’s and 70’s helped to publish the books that were forbidden in other European countries. Apart from being a respectable man, that has never made any speech or written in favour of the violent acts, is a well known comrade in other countries and edits the magazine ‘Bajo la Tirania’ (Under the Tyranny). ; Oscar P.G, 27 years old, delegate in the region of Cataluña of CEI, and owner of the Kalki bookstore, that was also raided by the police in June of 2003 and is waiting for the judgement of his case; and Carlos G.S, 35 years old, member of CEI and usual writer in the CEI magazines.

They are accused of forming and illegal association for the distribution of material that incites to the discrimination, the hate and violence against groups for racial motivations and for the negation of the jewish holocaust; justification of the genocide; for committing offences against the exercise of the fundamental rights and public liberties, and against the international community.

A section of CEI was called ‘the Order’, but was not a combat group or related with anything violent, they were focussed in the spiritual aspects of the NS. Anyway, as they used uniforms, they had ranks, and hierarchy, the police have considered that they were an “illegal paramilitary association, organised in combat units with the aim of the active resistance against the system, including the use of weapons”.

This is completely false, this section was focussed in the cultural fight, and the unique weapons they have found are daggers, knifes, swords and a Co2 gun, not in the locals of CEI but in the houses of the comrades arrested. So, for being a ‘paramilitary’ group, they were a quite strange one, because the reality is that they didn’t do any kind of fight / combat training, they didn’t practise with or had any kind of fire weapons, their chief has more than 60 years, and their most dangerous activities were excursions and marches in the mountains.


The real aim of the ‘Circulo de Estudios Indoeuropeos’ was to preserve the legacy and ideas of the NS, but without any purpose of forming a political party, or to take part in the democratic elections, or to arrive to the power by the use of force. They have tried always to respect the Spanish law, but without having fear to be situated near the border of the law. A prove of that is that they decided to host their website in a Spanish server, to be subjected to the Spanish laws.

Today 27 of May, the three comrades have got the freedom with charges, and one of them has been released on bail of 3.000 euros/$.

They could be condemned to the following years of prison:
The leaders of the ’illegal association’: between 2 and 4 years of prison
The active members of the ’illegal association’: between 1 and 3 years of prison
For the justification & negation of the genocide: between 1 and 2 years of prison

A huge quantity of material has been confiscated, including flags, books, posters, magazines, stickers, uniforms, armbands, pins, helmets, videos, Cd's, swords, SS daggers, and even personal objects of this comrades.


After this attack to the freedom of thinking of the human being, after this outrage to comrades that have never been involved in violent acts and have only tried defend our white race and our ideals the Spanish NS’s could not stand quiet, and diverse groups are preparing an unitarian NS demonstration in the streets of Barcelona.


The aim of this note is to ask for your help to let know the situation that those comrades are suffering. Please publish this text in your websites, weblogs, magazines, fanzines etc.
Copy the text and send it in an e-mail to your contacts or to websites focused in news.

Websites of the bookstore and the cultural association:


http://www.libreria-kalki.com

CEI has been disolved by their leaders.
- Ramon Bau, Oscar Panadero, Carlos Garcia, face judgements and the posibility to stay some years in prison, with the consequences that this will have for their familys and children.
- The legal magazines of CEI are confisccated, and it'll be difficult to send it to the eruopean suscribers.
- The CEI website is closed.


There is a bank account for the Spanish comrades to help them:
PARA LO DEFENSA LEGAL DE LOS CAMARADAS PERSEGUIDOS DEL C.E.I

Ya está abierta una nueva cuenta bancaria para nuestros camaradas:

Deustche Bank
(vale cualquier oficina de Caja Postal).




terça-feira, junho 01, 2004

IMAGEM DO QUE É PERENE

Quaisquer que sejam os resultados futuros, faço votos para que se possa continuar a ver, nos estandartes, a Lança Sagrada de Marte e o Fogo Sagrado de Vesta.

Trepou

Bela campanha tem a coligação PP/PSD, visualmente falando. Parece propaganda ao Campeonato Europeu de Futebol, como já foi notado por muitos, mas isso é ao menos. O lema é bom - Força Portugal! - e tem muito vermelho e verde.

Em termos sonoros, mete nojo. É desagradável ver até que ponto se alçou o rap, essa música-ralé: nascida entre filhos de escravos negros, muitos deles criminosos de gangues racistas, inimigos do que quer que pareça europeu (gente da deles criou o termo «European trash» para aplicar às pessoas de ascendência europeia) no outro lado do Atlântico, este estilo musical tem sido de tal modo promovido nos mé(r)dia que até já modela, não só o hino de uma competição desportiva europeia, mas também a música da campanha eleitoral dos partidos do poder de um país europeu com novecentos anos de História e muito mais séculos para trás de ancestralidade étnica.

O rap, música negróide juvenil, é pois considerada, pelos manda-chuvas da sociedade, como um símbolo da «juventude» e do futuro.

Mau sinal para os Europeus e seus filhos.

INDEPENDÊNCIA CULTURAL

Num artigo da escritora Margarida Rebelo Pinto, editado na revista Maxmen, uma das suas amigas, querendo mostrar a insignificância que é Portugal - hoje em dia, tal maledicência é um dos passatempos favoritos dos portugueses - lembrou-se de dizer que nenhum estrangeiro quer saber deste país, e um dos exemplos disso é a ausência de escritores estrangeiros na Feira do Livro de Lisboa.

Eu acho graça quando vejo que alguns dos portugueses que mais mal falam do seu próprio povo, são muitas vezes os que enfermam dos piores defeitos que este mesmo povo tem.

Há muitos portugueses que falam como a tal amiga da escritora. Revelam com isso sofrer de um horrendo complexo de inferioridade: estão de tal modo dependentes, emocionalmente, dos estrangeiros, que só se sentem legitimados na sua própria existência se os estrangeiros se dignarem a reparar que eles existem.

Nunca lhes terá passado pela cabeça que uma Nação pode ter uma vida cultural autónoma. E, se se lhes disser isto, até são capazes de se escandalizar, afirmando que a época do «Orgulhosamente sós» já lá vai. Não percebem que uma coisa é isolamento e outra, bem diferente, é autonomia. Uma coisa é fechar o País por completo, sem deixar enttrar na Pátria qualquer influência alienígena que seja; outra, bem diferente, é ser capaz de criar cultura, entre portugueses e para portugueses, procurando o diálogo e o pensamento com os seus compatriotas, sem pensar nas fronteiras políticas do Estado. Não é preciso fechar seja o que for, neste âmbito, é só preciso dinamizar o que é interno. Até porque, sem essa dinamização, a presença de estrangeiros não trará nada de bom a não ser a subserviência de uma massa acéfala e mutilada na sua capacidade inventiva e intelectual, incapacitada de todo, sem ousar criar de acordo com seu génio e os seus caprichos, inteiramente dedicada a engraxar os sapatinhos de tudo o que não é português e, no caso dos mais «talentosos», a imitar o que estrangeiro faz.