sexta-feira, abril 30, 2004

TRAIÇÃO - QUANDO SERÁ VINGADA?

No dia 23 de Abril, os deputados do PS, do PSD e do CDS-PP ratificaram na Assembleia da República uma nova revisão constitucional para aprovarem uma disposição constitucional que diz o seguinte: “as disposições dos tratados que regem a União Europeia e as normas emanadas das suas instituições, no exercício das respectivas competências, são aplicáveis na ordem interna, nos termos definidos pelo direito da União”.
Isto é, a classe política eleita pelo povo tira a esse povo a sua própria soberania. Trata-se de traição ao mais alto nível que imaginar se possa, vileza sem precedentes na História Pátria, que não tem paralelo nem mesmo na canalhice do cardeal D. Henrique que, em 1580, deixou de nomear um herdeiro do trono como D. Sebastião o tinha incumbido que fizesse.

E porque sucedeu isto?

Pode especular-se sobre o que se passou na mente do clérigo Henrique: como a única pátria que o cristão mais puro reconhece de facto é a dita «pátria celeste», talvez o cardeal achasse que a Cristandade ficava melhor servida com a união dos dois impérios ibéricos de então.

E no caso da cambada que actualmente coloca as nádegas nas cadeiras da Assembleia da República?
Não parece muito difícil perceber o porquê da sua atitude: doutrinalmente mentalizados no contexto cristão (a educação «tradicional» dos Portugueses), por um lado, e esquerdista (com a circulação de ideias de Esquerda no seio das elites intelectuais que dos anos sessenta até agora viriam a dirigir a cultura e a política do país), por outro, não acreditam realmente que devam seja o que for à Nação, muito menos a antiga Lealdade. Mesmo que alguns se pensem «nacionalistas» e «patriotas», o que é certo é que o seu modo de pensar essencialmente humanista - ora cristão, ora esquerdista, ora ambos... - é de todo estranho à honra nacionalista e ao dever de privilegiar uma estirpe, a sua, sobre tudo o resto, acima das conveniências sócio-económicas, etc..

O que é mais grave é que, ao fazerem o que fizeram, foram contra a lei fundamental da Constituição que, se não me engano, proíbe aos magistrados da Nação o comprometerem a soberania nacional em qualquer tratado internacional. Se não é isto que lá está escrito, é este o sentido.

É que nem fizeram referendo nem nada - borrifaram-se completamente para o Povo, vendendo-o pura e simplesmente, com o abjecto desprezo - imbecil desprezo, quando encarado de frente e confrontado com argumentos - que tal «elite» tem pelo Povo.

Entretanto, fica claro que o PP, ao participar neste crime, jamais poderá afirmar-se nacionalista. Que as posições fiquem bem esclarecidas.

A TOLERÂNCIA E A INFORMAÇÃO ACTUAIS

O PNR deu a notícia de que a sede da Fuorza Nuova (partido nacionalista italiano) inaugurada há pouco mais de um mês, em Roma, foi alvo de um ataque de forças da extrema-esquerda que a incendiaram durante a noite de 25 para 26 de Abril. Até ao momento as autoridades policiais não detiveram nenhum dos “tolerantes” incendiários esquerdistas que praticaram este crime. A esquerda radical começa a dar sinais de alguma inquietação face ao crescimento, em toda a Europa, das forças nacionais e patrióticas.

E, claro, a respeito disso, a imprensa cá do burgo nem uma palavra profere. Se a sede incendiada pertencesse a um qualquer partidozeco da extrema-esquerda, não se calariam os jornais, as rádios e as televisões, fazendo alarde do sucedido durante pelo menos dois ou três dias. Seria mesmo pretexto para a realização de uma ou duas reuniões televisivas de «opinion makers» a discutir sobre a violência da «extrema-direita racista & xenófoba que ameaça a Democracia, a Europa, o Mundo e a Humanidade!!!!».
Mas, como se tratou de um ataque perpetrado por forças de esquerda contra «fascistas!», todos os jornalistas se calam, caladíssimos de todo. Não lhes convém que o povo veja a Esquerda a actuar de um modo fanático, intolerante e criminoso.

E insistem tanto em dizer que se vive na época da informação... e, de facto, a informação vem de todos os lados... ora, o facto de que, numa civilização em que há informação vinda de todos os lados, há notícias desta natureza que passam quase completamente em silêncio nos ditos orgãos de «informação», é assaz sintomático - evidencia até que ponto é que a informação está controlada por um determinado sector político, ou por dois deles - o esquerdista e o capitalista, qualquer deles inimigo jurado e sem honra (porque usam os truques mais abjectos) do Nacionalismo.

quarta-feira, abril 28, 2004

CRESCE-LHES MESMO A ARROGÂNCIA, TANTO MAIS QUANTO MAIS GANHEM FORÇA

Confrontos de índole separatista causaram cento e trinta mortos na Tailândia. Os tumultos ocorreram no sul do país, que faz fronteira com a Malásia, e onde se concentra a minoria islâmica, quatro por cento do total tailandês - de maioria budista - mas que, no sul, está em maioria.

Repito: onde há islâmicos com força, há sarilho.
É como que uma regra matemática.
Sempre que se sentem poderosos, não hesitam os muçulmanos (pelo menos os mais radicais... quanto aos ditos moderados, a ver vamos...) em usar a violência e o terror para imporem o seu credo.

No Ocidente, porém, a cambada politicamente correcta de Esquerda insiste em ignorar este facto, continuando a manifestar simpatia pelo Islão: às tantas, já não se sabe se é simplesmente cegueira política e militante vontade de manter a cabeça firme e resolutamente enfiada na areia ou se não há nessa atitude incondicionalmente pró-islâmica alguma ponta de masoquismo, talvez etno-masoquismo, próprio de quem gosta de amar precisamente o grande inimigo por excelência da Europa, que tem sido a tropa de Mafoma.

segunda-feira, abril 26, 2004

CRESCE-LHES A ARROGÂNCIA

Um grupo de combatentes iraquianos anti-yanke, ameaça matar três reféns italianos se não se realizarem na Itália manifestações contra a presença da Itália no Iraque no prazo de cinco dias.

A arrogância da escumalha terrorista islâmica já chega a esse ponto: percebendo que os Ocidentais vacilam, cresce-lhes a força, sentem-se mais poderosos e já chegam ao ponto de querer obrigar os Ocidentais a gritar pelo fim da guerra: exigem que os Ocidentais gritem uns contra os outros para dar a vitória aos islâmicos, exigem que a revolta popular se volte contra os próprios governos eleitos pelo povo, exigem que o povo bata nos seus próprios governantes.
Toda e qualquer cedência dos Italianos, no sentido de realizarem manifestações, será humilhante para quem as realizar.

Isto prova mais uma vez que os Islâmicos, quando se lhes dá uma mão, querem logo o braço todo e não descansam enquanto não ficam com o corpo todo. É mentalidade de rufia que só respeita a força e a todos quer submeter.

Contra tal gentalha, só há uma resposta, dada por um itálico de outrora:
Delenda Carthago - Destrua-se Cartago, sendo Cartago uma potência norte-africana (semita) que em tempos entrou em guerra contra Roma.

(IN)TOLERÂNCIAS PÓS-ABRILENTAS...

Não costumo discutir as diferenças entre o Estado Novo e o regime instaurado com o 25 de Abril. Louvo as liberdades (quase) todas e mais algumas e amo particularmente a liberdade de expressão e de informação.

O 25 de Abril tem sido cantado e propagandeado por ter dado isto mesmo ao Povo Português. Mas será que a Constituição abrilista garante realmente a liberdade política, se é verdade que proíbe a constituição de partidos e de organizações fascistas, o que se torna mais abjecto e escandaloso quando se constata que é de todo omissa a respeito da existência de formações políticas de extrema-esquerda, que são, desde sempre, inimigas da Democracia e da liberdade de expressão?

Pior ainda: trinta anos depois da Revolução, quando seria já altura para que os radicalismos naturais de reacção ao anterior regime estivessem pacificados... é proibido falar publicamente em raças, em etnias, é até interdito proclamar a necessidade de dar primazia aos Portugueses nos empregos??

Chame-se-lhe o que se quiser e grite-se o que se quiser sobre as virtudes abrileiras - o que é facto, é que, actualmente, não se vive em liberdade. A «tradição» da intolerância doutrinal, talvez herdada da Inquisição, continua activa nas mentes das pessoas, por mais esquerdo-liberais que pretendam ser -e, muitas vezes, são precisamente os esquerdo-liberais quem dá mais mostras de intolerância, pela razão de que, convencidos em absoluto da «universalidade» do «humano», partem do princípio de que a «lógica» humanista e internacionalista é a única possível e, quando constatam que existem doutrinas diferentes dessa, com a sua lógica própria e o seu discursco coerente, perdem as estribeiras, e, ou tentam por todos os meios silenciá-las e distorcer a sua mensagem ou então chegam mesmo ao ponto de as proibir, chocados que ficam com a possibilidade de existir outra visão do mundo, completa e coerente, que nada tenha a ver com a humanista.

Tem piada salientar algo que ouvi hoje de manhã, no forum da tsf: um ouvinte dizia, a propósito do governo «fascista» de PSD/PP, que, se preciso fosse, o povo devia estar disposto a pegar em armas para impedir que o Fascismo voltasse.

...

Pois...

Que curiosa é a tolerância democrática dos esquerdistas... perante um governo democraticamente eleito pelo Povo, os esquerdistas já falam em pegar em armas, só porque não gostam da direcção política que País está a tomar... bonito, sim senhor, cada vez lhes caem as máscaras COM MAIS FORÇA...


COMUNICADO DOS AMIGOS DE OLIVENÇA

Também para Olivença,
25 de Abril!


Em 25 de Abril de 1974, há trinta anos, Portugal pôs fim a um regime autocrático e orientou-se para a democratização, a descolonização e o desenvolvimento.
O Estado português, participa plenamente na Comunidade Internacional, desenvolvendo relações solidárias com todos os povos e, nomeadamente, com os demais Estados da CPLP.
Transmitida a administração de Macau para a China e alcançada a independência de Timor-Lorosae, está encerrado um ciclo histórico: Portugal não coloniza nem tutela quaisquer territórios ou povos.

Agora, serena e firmemente, levemos por diante o resgate cultural e político de Olivença!
Denunciando os duzentos anos de domínio colonial espanhol, refaçamos e aprofundemos a ligação com Olivença e com os oliventinos!
Reencontremos Olivença!
25-04-2004

quinta-feira, abril 22, 2004

QUEREM MAIS? AINDA MAIS??

Aqui fica o texto de uma entrevista publicada feita pelo jornal «Público» a um importante líder islâmico, Omar Bakri Mohammed e publicada em 18 do corrente. Omar Bakri Mohammed comanda os islâmicos em Londres.

O texto da entrevista vai em itálico, presente em
e o negritobold», para os anglicizados, «a grosso», para quem não conhece nem o termo Inglês nem o termo Português) é feito por mim:


Omar Bakri Mohammed, Líder do "Londonistão" e Teórico da Al-Qaeda na Europa 
Domingo, 18 de Abril de 2004 

"O terror é a linguagem do século XXI" 

%Paulo Moura 

Durante dois dias, corremos os antros mais obscuros do islamismo radical londrino à procura do líder espiritual da jihad britânica. Até que recebemos um telefonema. "Daqui fala Omar Bakri Mohammed. Disseram-me que me quer ver. Pode vir a minha casa esta tarde". 

É uma vivenda incaracterística num subúrbio do Norte de Londres, Edmonton. "Sheik Omar" recebe-nos numa salinha ocupada com livros em árabe e um computador. 

Dizem que é dirigente da Al-Qaeda. Ele não confirma nem desmente. Diz que pertence à "mesma escola de pensamento" e apoia as acções do grupo de Bin Laden, mas que está impedido pelo "texto divino" de cometer atentados no Reino Unido. "Quando alguém se filia na Al-Qaeda é para morrer", explica. 

Um dos principais líderes do chamado "Londonistão", o quartel-general teórico do islamismo radical, Omar Bakri é o fundador do "Al-Moujahiroun", uma espécie de "braço político" da Al-Qaeda no Ocidente. 

Nasceu na Síria, tem 44 anos e sete filhos, usa longas barbas e túnica branca, é fanático pela internet e as "chat rooms" e dá frequentemente que falar por causa das suas "fatwas" com condenações à morte e tiradas provocatórias como "ainda hei-de ver a bandeira do Islão sobre o número 10 de Downing Street". 

Antes dos atentados de 11 de Setembro, pregava livremente nas principais mesquitas de Londres, como a de Regents Park. Agora está limitado aos "púlpitos" radicais como Finnsbury Park e Tottenham. 

É juiz da Sharia, tem o seu próprio tribunal, em Londres, à revelia da lei britânica, que despreza por ser "feita pelo Homem". No entanto, garante que não a viola. Foi preso 16 vezes e outras tantas libertado. Só pede às autoridades que sejam coerentes com as suas próprias "leis imperfeitas: "Deixem Omar Bakri beneficiar da democracia". 

PÚBLICA - Tem a casa cheia de livros. São todos sobre o Islão? 

Omar Bakri Mohammed - Sim, todos os meus seis mil livros. Excepto aquele ("British Law"), que me foi oferecido. 

P. Leu-o? 

R. Por alto. 

P.Que tal? 

R. Pura e simplesmente patético. 

P. Porquê? 

R. Não tem consistência. Há 100 anos, um homem passear com uma mulher era uma vergonha. A homossexualidade era uma vergonha. Hoje, é uma vergonha não ter namorada, homossexuais tornam-se primeiros-ministros. 

P. Não é normal as leis mudarem de acordo com as mudanças na realidade? 

R. A realidade não muda. As pessoas costumavam deslocar-se de camelo, agora vão de carro. Mas o condutor do camelo ou do carro são a mesma pessoa. Cultura e civilização não são o mesmo que progresso material. Este, a Humanidade deve partilhá-lo. Aqueles têm a ver com uma perspectiva sobre a vida. A minha é simples. Deus diz: Pensam que vos criei para nada? Eu criei-vos com um propósito. Para se submeterem. Para obedecerem ao meu comando. Se o fizerem têm garantido o paraíso. Se não, espera-vos o fogo do Inferno. É simples. 

P. Os valores culturais são imutáveis? 

R. Sim. O adultério, a fornicação, a homossexualidade, o jogo, a usura, o roubo, o assassínio, a mentira eram errados no tempo de Abraão e Maomé e continuam a sê-lo. Mas o Ocidente inventou palavras bonitas para se referir a estes crimes. Em vez de fornicação e adultério diz "affair". Em vez de mentira diz "edição", no caso dos jornalistas. 

P. Como se pode viver na Grã-bretanha e não aceitar as leis britânicas? 

R. Eu não aceito nenhuma lei feita pelo homem. Todos os muçulmanos estão proibidos de obedecer a leis feitas pelo homem. São imperfeitas, têm falhas, ninguém se entende. Votam, seguem a opinião da maioria, mas muitas vezes as várias minorias todas juntas são mais do que a maioria. Fazem referendos, manobras, compromissos, confusão. Quem segue a lei divina nunca tem confusão. 

P. Não são os compromissos as formas menos injustas de governar? A democracia é mesmo isso. 

R. A democracia, o capitalismo, o socialismo, o comunismo são sistemas criados pelo Homem, e como tal imperfeitos. Só Alá pode criar. Se Tony Blair disser: eu criei a Lua, o que me diz dele? É doente mental. Isso está para além das suas possibilidades. Não podemos reconhecer aos homens os atributos de Deus. Alá é o único legislador. Eu só reconheço a lei divina. Quem reconhece a alguém atributos divinos é apóstata. Deve ser excluído da comunidade islâmica. 

P. Até a lei divina é susceptível de interpretações. 

R. Não. Nós, os salafitas, não admitimos interpretações. Seguimos o texto divino segundo a compreensão que dele tiveram os melhores homens que pisaram a Terra. 

P. Quem são? 

R . Maomé e os seus companheiros e família, exclusivamente. Mais ninguém depois deles. Não há lugar para interpretações, nem escolas de pensamento. A única actividade da nossa competência é aplicar essa lei divina a cada situação concreta. 

P. E quem o pode fazer? 

R. Os estudiosos do texto divino. Não os especialistas de Cambridge em Medicina, Engenharia ou Economia, ou seja o que for, por maior respeito que eu tenha por eles. 

P. A separação da política e da religião é mais uma imperfeita invenção humana... 

R. Exactamente. Pois se a religião é a vida e a política também... E se nós vivemos nesta vida... Como se pode separar? Nós não somos hipócritas. As leis da democracia e da liberdade são as leis da hipocrisia. 
P. Mas são essas leis que lhe permitem viver neste país... 

R. Eu não as violo. 

P. Como é isso possível? Não há um conflito? 

R. Por exemplo, eu não fornico, porque a minha lei o proíbe. Mas a lei britânica não obriga a fornicar. Portanto estou a agir no respeito pelas duas leis. 

P. Essa questão está resolvida, não há conflito. 

R. Noutras situações não é tão simples. O Islão proíbe o juro e a hipoteca. Logo, eu não posso comprar uma casa. Vivo nesta que é alugada à Câmara. Não permite fazer seguros... 

P. Porquê? 

R. Porque é um contrato entre três partes. Segundo a lei divina, só pode haver duas. Portanto não tenho seguro no meu carro. A Polícia manda-me parar e multa-me, porque o seguro é obrigatório. Pois bem, não ando mais de carro. Meu Deus, por Ti, sofro, vou de comboio. 

P. É possível viver evitando o conflito. 

R. O conflito só surge quando a lei feita pelo homem, que é demoníaca, quer disfarçar as suas imperfeições e declara, por exemplo, que vivemos numa sociedade multicultural. Nós respondemos: a ideia é boa, mas é uma mentira. A verdade é que a cultura ocidental é dominante sobre qualquer outra. É obrigatório levar as crianças à escola. E lá, o que ensinam aos meus filhos contradiz as minhas crenças, a minha cultura. O meu bisavô foi morto por Ricardo Coração de Leão, que é apresentado como um herói, que combateu Saladino, que é um herói na minha cultura. O darwinismo: eu acredito que o Homem foi criado por Deus...  

P. O multiculturalismo é uma mentira? 

R. É, e eu não levo os meus filhos à escola. Disse: "Têm de mudar a lei". Porque as leis imperfeitas feitas pelo Homem podem ser mudadas. Responderam: "Ensino alternativo". É o compromisso. Eles acham que tudo se faz com compromissos. Criámos a nossa própria escola, pagamos a professores. Mas então eles ripostaram: "Mesmo nas escolas islâmicas, têm de adoptar o curriculum nacional". Está a ver? É impossível viver com as leis feitas pelo homem. 

P. É por isso que diz querer colocar a bandeira do Islão no número 10 de Downing Street... 

R. Sim, é o meu sonho. Acredito que um dia isso vai acontecer. Porque este é o meu país, eu gosto de viver aqui. 
P. É um sonho ou um projecto? 

R. Deus disse: "Não vivas entre os descrentes, a menos que apeles para que se convertam. Se não o fizeres serás amaldiçoado". 

P. Uma conversão por meios pacíficos e legais? 

R. O profeta Maomé disse: "Deus mandou-me para lutar contra as pessoas. A menos que digam que não há nenhum Deus além de Alá e que Maomé é o seu profeta. Que rezem, jejuem e obedeçam ao comando. Ou então que estabeleçam um pacto de segurança com os crentes". 

P. Maomé mandou fazer conversões à força? 

R. Eu explico: o pacto de segurança é muito importante no Islão. Significa que qualquer muçulmano a viver legalmente neste país está proibido de combater seja quem for, indivíduos ou governo. Só o podem fazer de forma legal. 

P. Os muçulmanos podem ter actividade política no regime feito pelo Homem? 

R. Podem e devem. O Profeta teve actividade política em Meca. Nós não podemos votar. Mas podemos participar em manifestações. Maomé organizou uma manifestação. Todas as nossas acções têm de estar previstas no texto divino. Podemos organizar conferências, petições... 

P. Peditórios para os mujahidin... 

R. Esse é o problema. Se recolhemos fundos, dizem que é para financiar o terrorismo. 

P. E não é? 

R. Se damos dinheiro a mulheres e crianças necessitadas, dizem que são as famílias dos terroristas. Mas de onde vêm os terroristas? Do Zimbabué? Não. São gente daqui. E são nossos irmãos também, os terroristas. Os britânicos também são terroristas, no Iraque. Eu não me surpreendi nada quando as pessoas queimaram aqueles carros e arrastaram os corpos... pois se tinham feito o mesmo aos irmãos deles! O terrorismo é a lei do século XXI. É legítimo. 


P. Quer dizer que um muçulmano da Grã-Bretanha não pode fazer um atentado terrorista aqui. Mas se for para o estrangeiro... 

R. Isso é outra história. 

P. Os atentados de 11 de Setembro foram legítimos? 

R. Claro que sim. A América atacou o Afeganistão, a Somália, o Sudão, o Iraque, apoia regimes ditatoriais nos países árabes, estacionou tropas em território muçulmano. Há o direito de retaliar. Al-Qaeda atacou a América. É a acção e a reacção. Vocês são terroristas, nós somos terroristas. O terrorismo é a forma de agir do século XXI. 

P. Mas o que pode justificar matar deliberadamente milhares de civis inocentes? 

R. Nós não fazemos a distinção entre civis e não civis, inocentes e não inocentes. Apenas entre muçulmanos e descrentes. E a vida de um descrente não tem qualquer valor. Não tem santidade. 

P. Mas havia muçulmanos entre as vítimas. 

R. Isso está previsto. Segundo o Islão, os muçulmanos que morrerem num ataque serão aceites imediatamente no paraíso como mártires. Quanto aos outros, o problema é deles. Deus mandou-lhes mensagens, os muçulmanos levaram-lhes mensagens, eles não acreditaram. Deus disse: "Quando os descrentes estão vivos, guia-os, persuade-os, faz o teu melhor. Mas quando morrem, não tenhas pena deles, nem que seja o teu pai ou mãe, porque o fogo do Inferno é o único lugar para eles". 

P. Deus quer que se mate todos os não-muçulmanos? 

R. Não. Devemos respeitar aqueles com quem temos pacto de segurança. Sheik Bin Laden não tem nenhum pacto de segurança com os americanos. 

P. Para si não há diferença entre atacar um objectivo militar provocando algumas baixas civis ou fazer das populações o próprio alvo. 

R. Há uma diferença: nós não somos hipócritas. Não dizemos: "Desculpem, foi engano". Dizemos: "Vocês mereceram". Assumimos que o objectivo é matar o maior número de pessoas, para provocar o terror. Para que no Ocidente pensem: "Olhem o que nos aconteceu!" E saibam que cada vez que os seus governos enviam belos helicópteros Apache e aviões F-16 é também para matar mulheres e crianças. Quantas pessoas morreram no Afeganistão? Fizeram "carpet bombing" dia e noite. Nunca foi dado um número. Mais de 160 mil? Quem eram essas pessoas? Em Madrid foram 196 ou 197? Conta-se um a um. 

P. O terror é a única forma de consciencializar as pessoas? 

R. O terror é a linguagem do século XXI. Se quero alguma coisa, aterrorizo-te, para o conseguir. Apoiar George Bush é uma forma de terrorismo. Apoiar a Al-Qaeda também. Toda a gente está envolvida, acredite. Todo o muçulmano é terrorista, mas todo o não-muçulmano também. Há épocas em que isto é necessário. É o "tempo dos assassinos", está previsto no texto divino. 

P. O Corão diz isso? 

R. Sim. As pessoas não percebem, porque a televisão e os jornais só entrevistam os seculares. Não falam com quem sabe. Os seculares dizem que "o Islão é a religião do amor". É verdade. Mas o Islão também é a religião da guerra. Da paz, mas também do terrorismo. Maomé disse: "eu sou o profeta da misericórdia". Mas também disse: "Eu sou o profeta do massacre". A palavra "terrorismo" não é nova entre os muçulmanos. Maomé disse mais: "Eu sou o profeta que ri quando mata o seu inimigo". Não é portanto apenas uma questão de matar. É rir quando se está a matar. 
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P. Isso quer dizer que o terrorismo é natural e legítimo? 

R. Só é legítimo o terrorismo divino. 

P. Como se sabe quando o terrorismo é divino? 

R. Deus disse: "Olho por olho. Combate aqueles que te combatem a ti. Contra quem atentar contra a tua vida, a tua família, a tua propriedade, deves usar a violência". Por exemplo, você está em minha casa, mas não viu a minha mulher. O Corão diz: "Se alguém espreitar para o quarto onde estás com a tua mulher, fura-lhe os olhos com uma faca". 

P. Mas neste caso quem espreita quem? Os EUA ao Iraque? Quem tem o direito de matar quem? 

R. No Islão, não há uma entidade chamada Iraque, ou EUA... 

P. Claro, isso são situações criadas pelo Homem... 

R. Exacto. Só há dois tipos de pessoas: muçulmanos e infiéis. Se se ataca os muçulmanos em qualquer lugar, é como se se atacasse todos. Há o direito de retaliar, mas não quando se está sob um pacto de segurança. Nesse caso, apenas podemos apoiar as acções verbalmente, mas não fazer nenhuma aqui. É isto que as pessoas não percebem. Um muçulmano nunca pode envolver-se num ataque terrorista no país onde vive legalmente. 

P. Mas Mohammed Atta e outros terroristas do 11 de Setembro estavam na Alemanha e nos EUA... 

R. Viviam na Alemanha, com quem tinham pacto de segurança. Depois viajaram para os EUA com passaportes falsos. Só posteriormente assumiram as suas identidades verdadeiras, porque iam morrer como mártires e queriam que os seus nomes fossem conhecidos. Mas não estavam nos EUA legalmente, por isso não estavam obrigados ao pacto de segurança. 

P. Nessas condições, é permitido a um muçulmano fazer tudo. 

R. Claro. Se não estiver sob pacto de segurança, não tem de respeitar a propriedade, nem a vida nem a autoridade no país onde estiver. A propriedade e a vida de um descrente não têm santidade, não valem nada. A menos que ele se converta ao Islão, ou que estabeleça comigo um pacto de segurança. Um homem nasce com dinheiro ou nasce nu? Deus criou-nos nus. Os bens pertencem a Deus, a terra pertence a Deus, nós pertencemos a Deus. Como se atreve alguém a ter a riqueza de Deus nas suas mãos, não obedecendo a Deus nem tendo um pacto com os que obedecem? 

P. O senhor está legal na Grã-Bretanha portanto não está nem poderá estar envolvido na preparação de nenhum atentado terrorista aqui. 

R. Impossível. Estou sob pacto de segurança. 

P. É verdade que dos oito detidos sob suspeita de organizarem um atentado em Londres, sete eram seus alunos? 

R. É verdade. Mas lembro-me que eles nunca concordaram com o respeito pelo pacto de segurança. São "free-lancers", não pertencem à Al-Qaeda. Outros dois alunos meus também abandonaram um dia as aulas e foram-se fazer explodir na Palestina, sem me avisarem. Fiquei muito zangado. 

P. O que é que o senhor ensina aos seus alunos? 

R. Como rezar, como jejuar... 

P. Acha que vai ocorrer algum grande atentado em Londres? 

R. É inevitável. Porque estão a ser preparados vários, por vários grupos. O que eu de certa forma lamento, porque a primeira coisa que o Governo vai fazer a seguir é deportar-me, a mim e à minha família. 

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P. O senhor pertence à Al- Qaeda? 

R. A Al-Qaeda é um grupo de eruditos. Eu sou um erudito (na medida em que se pode dizer isto, uma vez que nunca somos eruditos, mas apenas estudiosos) e pertenço à mesma escola de pensamento. 

P. Mas diz-se que o senhor pertence mesmo à estrutura da Al-Qaeda. 

R. É uma honra. Não me associam a dançarinas do ventre nem a homossexuais, mas às melhores pessoas que jamais existiram na Terra (depois do profeta e seus companheiros): os membros da Al-Qaeda. 

P. Admira-os assim tanto?! 

R. A Al-Qaeda é uma lenda. Fizeram uma acção tão grandiosa! Nunca ninguém sonhara que se pudesse ousar aquilo, lançar aviões contra dois arranha-céus... Sabe, a Al-Qaeda não é um grupo a que se possa aderir. 

P. Mas têm células na Europa... 

R. Têm células com uma missão. E são sempre missões suicidas. Por isso, quando se descobre uma célula, ela já não existe. Quando nos filiamos na Al-Qaeda é para morrer, não para viver. 

P. Explique-me como funciona isso. Quando alguém quer fazer um atentado contacta com a Al-Qaeda? 

R. Não. As pessoas são recrutadas. Ficam em células adormecidas, comportando-se normalmente e não dando nas vistas à espera de uma missão. Que é a primeira e última. É por isso que é impossível a Polícia infiltrar-se na organização. 

P. Mas as células têm de contactar a organização, para preparar os atentados, receber dinheiro... 

R. Cada célula tem um imam e mais duas ou três pessoas, e um orçamento. A partir daí, na altura própria, agem sozinhas, nunca contactam ninguém. 

P. Quantos elementos tem a Al-Qaeda? 

R. Uns onze mil. Estão juntos, espalham-se pelo mundo e voltam a juntar-se. Mas estão a recrutar. 

P. Onde? Nas mesquitas radicais, como as de Londres? 

R. Se não recrutassem, acabariam por desaparecer, porque o seu destino é a morte. O próprio Bin Laden e os seus companheiros, está na altura de morrerem. 

P. O Bin Laden vai suicidar-se? 

R. Acho que deve. São um grupo que se juntou para lutar e morrer. Têm de ser coerentes. Acho que vão suicidar-se numa operação. 

P. Se Bin Laden morrer a Al-Qaeda continua? 

R. Claro. Eles eram um grupo mas agora tornaram-se num fenómeno. O 11 de Setembro fez os muçulmanos compreenderem que têm poder, que o renascimento do Islão é irreversível. Começou um novo capítulo da História. Por isso nós, os salafistas-jihadistas, iniciámos desde essa data um novo calendário. Estamos agora no ano três da era da Al-Qaeda. 

P. Que espécie de fenómeno se tornou a Al-Qaeda? 

R. Há muitos jovens que sonham entrar na Al-Qaeda, mas, pior do que isso, há muitos grupos "free-lancers" dispostos a lançar operações iguais às da Al-Qaeda. O atentado de Madrid foi cometido por um desses grupos. 

P. A Al-Qaeda não teve nada a ver com Madrid? 

R. Talvez tenha tido, mas a operação saiu do seu controlo. Alguns dos operacionais estavam sob pacto de segurança em Espanha, outros serviram no Exército marroquino, que é apóstata e que os tornaria imediatamenmte apóstatas também. 

P. Há muitos desses grupos "free-lance" na Europa? 

R. Cada vez mais. O que é perigoso, porque nem todos têm a preparação teórica adequada. Aqui em Londres há um grupo muito bem organizado, que se auto-intitula Al-Qaeda-Europa. Divulgam, pela internet e email, muito material de propaganda e têm um apelo muito grande sobre os jovens muçulmanos. Sei que estão prestes a lançar uma grande operação. 

P. Qual é a sua relação com eles? 

R. Não aprovo o que fazem. Entregam-se a actividades ilegais, como o tráfico e a falsificação de cartões de crédito e de passaportes, para se financiarem. Isso é proibido pelo Islão, a muçulmanos que vivem sob pacto de segurança. Não podemos viver legalmente num país, beneficiando de segurança social, de protecção policial, etc., e roubar o nosso vizinho. Uma vez, lançaram um comunicado intitulado "Quem é Omar Bakri?" em que insinuavam que eu era agente da CIA. 

P.Como sabemos que um atentado é realmente da Al-Qaeda?  

R. É fácil. Em primeiro lugar são sempre operações em grande escala. O texto divino é claro quanto à necessidade de provocar "o máximo dano possível". O operacional tem portanto de certificar-se de que mata o maior número de pessoas que pode matar. Se não o fizer, espera-o o fogo do Inferno. Em segundo lugar, a Al-Qaeda deixa sempre uma impressão digital: uma pista, como um carro com um Corão ou uma cassete, para ser encontrado pela Polícia. Terceiro, os ataques são feitos em dois ou três lugares ao mesmo tempo. Finalmente, a linguagem. Nos comunicados, basta ler uma frase para se reconhecer o seu rigor teórico: não há nenhum sinal de nacionalismo, não se dizem árabes, nem palestinianos, apenas muçulmanos. Falam sempre do martírio, da morte. 

P. O que pretende a Al-Qaeda? 

R. O terror. Estão empenhados numa jihad defensiva, contra os que atacaram o Islão. E a longo prazo querem restabelecer o estado islâmico, o califado. E converter o mundo inteiro. 
P. A Al-Qaeda quer conquistar o mundo? 

R. Não, eles como grupo não o podem fazer. Os EUA lançaram uma guerra contra os muçulmanos, que é uma entidade que não existe, como estado. De certa forma, lançaram uma guerra contra o futuro califado. A Al-Qaeda está apenas a defender-se. 

P. Os EUA podem negociar com a Al-Qaeda? 

R. A Al-Qaeda é por natureza uma entidade invisível, não é um Estado, por isso não pode dialogar com um Estado. O seu projecto é derrubar os governos corruptos dos países muçulmanos, substitui-los por governos islâmicos e reconstituir o califado. Nessa altura, como Estado, poderão negociar com os EUA, de igual para igual. Primeiro, tentarão um pacto de segurança com eles. Dirão: nós fornecemos o petróleo e viveremos em paz, mas na condição de podermos divulgar livremente o Islão no Ocidente. Se os americanos não permitirem isto, então o califado terá de lhes declarar guerra. 

P. Os muçulmanos em todo o mundo estão motivados para a construção do califado? 

R. Em 1924, foi destruído o último califado, com o império Otomano. Desde então, vivemos no vácuo político. Houve tentativas de restabelecer o estado islâmico na Turquia, na Síria, na Tchetchénia, no Afeganistão. O projecto existe. Com o 11 de Setembro, a Al-Qaeda convenceu os muçulmanos de que tem o poder para o pôr em prática. 

P. Os muçulmanos que vivem aqui não estão mais interessados em integrar-se nas sociedades ocidentais? 

R. A primeira geração veio, nos anos 40, por razões económicas. Aqui, chamavam-lhes "paquis", tratavam-nos mal, mas eles só queriam comida e um tecto para dormir. A segunda geração, entre os anos 60 e 80, integrou-se. Chamavam-se "Bobby" e gostavam de Madonna e Michael Jackson. A terceira geração, que é a minha, veio a partir dos anos 80 por razões políticas. Porque sofremos a discriminação nos países árabes, por causa das leis feitas pelo homem, produto do Ocidente. O profeta disse: vai aos teus próprios senhores, a Roma e a Bizâncio, para os converteres. Começámos por devolver a auto-estima aos muçulmanos que aqui vivem. 

P. Eles afinal não se integraram na cultura ocidental? 

R. Eles sim. Sentiam-se integrados. Mas o problema é que o Ocidente é por natureza racista. Nunca os aceitou como iguais. São sempre os "paquis", os "coconuts". Eles sentiram-se traídos. Nós viemos dizer-lhes que são membros de uma grande nação, e que a sua cultura não é esta. Há 50 milhões de muçulmanos no Ocidente. O passo seguinte é converter os ocidentais. 

P. Não receia que os ataques terroristas façam os ocidentais odiar o Islão? 

R. Nunca houve tantas conversões como depois do 11 de Setembro. 

P. Se puder divulgar o Islão, não tem dúvidas de que os ocidentais se vão converter. 

R. Nenhumas. Porque o Ocidente não tem respostas para o sentido da vida, ou da morte, que é o grande desafio da vida. A cultura ocidental reduziu-se ao entretenimento. Sex, drugs and Rock and Roll. Não se pode falar da morte. Há algum tempo, um programa de televisão chamou-me o Ayatolla de Tottenham e insultou-me. Eu exigi uma série de sete debates no mesmo programa e eles acederam. Estive em directo com Robert Fisk e vários intelectuais ocidentais. Não precisei de citar um único verso do Corão. Falámos sobre a pobreza, os problemas do mundo, o significado da vida. Choveram telefonemas de apoio, de muitas pessoas pedindo para se converterem. Antes do 11 de Setembro, eu corria todas as universidades deste país, fazendo palestras. De todas as vezes havia convertidos ao Islão, loiros de olhos azuis. 

P. Antes do 11 de Setembro deixavam-no fazer isso livremente? 

R. Não era fácil. Fui preso 16 vezes. E 16 vezes libertado, porque não tinham nada contra mim. São as contradições das leis feitas pelo Homem. Se acreditam na democracia, de quem têm medo? Deixem Omar Bakri beneficiar da democracia! 

P. Nunca conseguiram provar nada contra si? 

R. Eu nunca violo nenhuma lei. Em 1990, quando John Major foi a Washington declarar que apoiaria os americanos na guerra contra o Iraque, eu lancei uma fatwa contra o primeiro-ministro. Disse, ponto um, que qualquer muçulmano tinha obrigação de o matar; ponto dois... A Polícia não leu o ponto dois e prendeu-me nesse mesmo dia. O ponto dois dizia: ...qualquer muçulmano excepto os que vivem legalmente na Grã-Bretanha e têm pacto de segurança com o país. Ou seja, nenhum muçulmano sob a minha jurisdição neste país poderia cometer o assassínio, de que eu nunca poderia portanto ser acusado de autoria moral. Libertaram-me.


Ainda há dúvidas, da parte dos politicamente correctos simpatizantes do Islão, que não há outra possibilidade de lidar com a escumalha descaradamente criminosa e intolerante a não ser a guerra sem quartel?

Delenda Carthago, Delenda Carthago, Delenda Carthago.


quarta-feira, abril 21, 2004

UMA DAS RAIZES

Diz a lenda que em 21 de Abril de 753 antes da era cristã ou era comum, o latino Rómulo, irmão de Remo, filho de Marte, Deus da Guerra, e de Reia Sílvia, vestal (sacerdotisa de Vesta, Deusa do Fogo Sagrado do Lar e da Pátria), fundou a cidade de Roma, que viria a ser a capital de um dos maiores impérios de sempre, proto-fundador do Ocidente e raiz étnica - pelo menos em parte - das actuais Nações latinas, entre as quais se inclui Portugal.

Reia Sílvia era filha de Numitor, filho de Procas, rei da cidade latina de Alba Longa. O irmão de Numitor, Amúlio, tomou o poder e obrigou a filha do irmão a tornar-se vestal (sacerdotisa de Vesta) porque as vestais não podiam deixar de ser virgens e Amúlio não queria que Reia Sílvia tivesse filhos, os quais um dia poderiam reclamar o trono que Amúlio queria para si e para os seus próprios filhos. No entanto, Reia Sílvia foi fecundada por Marte, que das alturas desceu sobre ela e fez com que a virgem desse à luz dois gémeos, Rómulo e Remo. Amúlio ordenou que fossem atirados, mãe e filhos, ao rio Tibre, mas Tiberinus, o Deus do rio, salvou Reia de se afogar. Quanto aos filhos, foram salvos e amamentados por uma loba (daí a conhecida imagem da Loba que amamenta duas crianças) sob uma figueira (a ruminalis ficus) e protegidos por um pica-pau (ambos os animais são consagrados a Marte) acabaram por ser adoptados por um pastor, Fáustulo, e sua esposa Acca Larentia, que os criaram.
Mais tarde, os irmãos colocaram o seu avô Numitor no trono e decidiram depois criar outra cidade. Remo viu seis abutres sobre o monte Aventino e afirmou que a nova urbe teria de nascer ali, mas Rómulo viu doze abutres sobre o monte Palatino e decidiu-se por esta última elevação como ponto de partida do novo Estado. Traçou por isso um sulco em torno do monte, dizendo «Morto será aquele que violar esta fronteira!». Como Remo troçasse do irmão e saltitasse de um lado para o outro do sulco, Rómulo matou-o.

Isto é mito fundador, é lenda imortal, narrativa primordial dos nossos ancestrais.

Soa, a muitos ouvidos, como blasfémia isto de dizer que os Romanos são antepassados dos Portugueses, pois que, no entender popular, essa gente vinda do Lácio oprimiu aqueles que tradicionalmente nos habituámos a considerar como Os nossos avós por excelência, que são os Lusitanos. Mas é tempo de começar a perceber que a Romanidade é parte integrante da nossa etnicidade, a par ou quase a par (a tradição mítica conta muito e por isso digo «quase a par») da identidade pré-romana do povo de Viriato. O próprio facto de falarmos o Português, que é língua latina (é Camões quem explica a simpatia que Vénus, Deusa do Amor, tem pelos Portugueses: diz o vate que a Deusa, em relação à língua portuguesa, «crê, com pouca corrupção, que é latina») e não o Lusitano, do qual pouco sabemos, atesta a importância crucial que tem na raiz dos Portugueses a estirpe latina, romana, a da Loba e da Águia de Prata, símbolo de Júpiter transportado pelas legiões da chamada Cidade Eterna.
Somos pois Lusitano-Romanos na nossa essência e isso não constitui um ultraje aos que morreram lutando por Viriato e pela independência lusitana, pois que a independência de Portugal e a honra que os Portugueses prestam aos seus ancestrais castrejos redime-os do facto de falarem uma língua latina. Lusitanos e Romanos, de resto, acabaram por se fundir harmoniosamente, sem que tal facto significasse uma humilhação de qualquer dos lados.

terça-feira, abril 20, 2004

QUEREM MAIS?

De acordo com estatísticas recentes, a criminalidade cometida por gangues, aumentou 8%, ocorrendo isto nas cidades(onde há mais «brothers» afros, olha a coincidência!); os crimes cometidos por jovens, 5% - e o facto de a criminalidade violenta decrescer, não me convence, uma vez que as pessoas, acreditando cada vez menos na justiça, abdicam em muitos casos de dar queixa do assalto ou agressão de que tenham sido vítimas, e o medo que os grupos organizados inflinge ao indivíduo isolado (não ao cigano, por exemplo, que conta sempre com o apoio do seu povo) também actua na diminuição de queixas.

É mais uma evidência (mais uma...) de que a imigração vinda do sul - porque as gangues são formadas por jovens negros e só quem anda tapado de todo ou quer tapar os olhos aos outros é que diz o contrário - só traz mais e mais mal estar ao povo.

A escumalha politicamente correcta e certos senhores bem colocados nas esferas do poder - políticos, chefes de polícia, que são serventes, ambos, dos capitalistas apátridas que querem mais e mais imigrantes dentro do País - negam isto com todas as manigâncias de que são capazes.

Contra esta vergonha, exija-se:
Mais dureza no combate ao crime.
Expulsão imediata de todos os criminosos estrangeiros após devido cumprimento da pena.
Redução da imigração a todo o custo.


AINDA SOBRE O PODER DO DINHEIRO A INFILTRAR-SE NA CULTURA...

... e a sobrepôr-se até mesmo à autonomia nacional.

O que é grave nesta questão das bibliotecas públicas passarem a ter de cobrar taxas aos leitores, é que uma lei portuguesa de 1997 garante o acesso gratuito dos cidadãos aos livros das bibliotecas públicas.

É o tipo de situação que qualquer militante de extrema-direita gosta de explorar: um confronto do capitalismo internacionalista apátrida inimigo da cultura e da independência nacional contra a independência nacional defensora da cultura do povo e sobrepondo valores culturais ao poder económico.

É pois tão fácil falar contra um dos lados que a situação se torna estranhamente violenta: não há maneira de evitar que o inimigo (capitalismo apátrida internacionalista) se torne mais e mais odioso, contra toda a racionalidade que costuma abrandar o espírito e relativizar a agressividade.

O PODER DO DINHEIRO QUE TUDO INVADE

Parece que a Comissão Europeia quer agora que as Bibliotecas públicas passem a cobrar taxas aos leitores de cada vez que estes quiserem levar um livro para casa.

Já nem se pode ter acesso à cultura do modo mais sereno e singelo sem ter de se pagar?

Se tal directiva, já de 92, for avante, o cidadão ficará prejudicado em prol dos direitos das editoras, dos autores e de toda a tropa que vive dos livros.
É como se essa gente toda andasse a morrer à fome, sendo todos os dias vistos a pedir no passeio...

É mais um golpe da mentalidade capitalista, amante do privado, sobre o ideal do Estado que serve os cidadãos de um modo não economicista.
Podem alguns afirmar que um serviço que fornece um bem material a um cidadão é sempre um serviço económico e que o interesse do cidadão ao dele usufruir gratuitamente, é também económico, e que a preocupação com tal matéria é economicista; no entanto, o que o serviço público ao nível da cultura garante é que o indivíduo não está dependente do aspecto económico para aceder à cultura, situação que é inequivocamente ideal e determinada por uma mundivisão idealista.

Ao fim ao cabo, todo e qualquer serviço público leva a que as preocupações economicistas do cidadão sejam reduzidas e isso, de um ponto de vista idealista, é sempre um triunfo.

NEM TUDO MERECE SER VISTO

Não recomendo que se veja o filme «Massacre no Texas». Há algo de obsceno e de aviltante em estar a ver um filme no qual se sabe que as personagens serão horrível e degradantemente assassinadas, com pormenores abjectos e revoltantes, sem que se possa fazer nada. Tem apenas um aspecto positivo, o filme: o fortalecimento da ideia de que a pena de morte, incluindo tortura, é justíssima em muitos casos.

Criminosos psicopatas e afins têm de ser eliminados sem se lhes dar uma segunda hipótese. Não é verdade que toda a gente mereça o esforço de alguém que as queira reabilitar. A mentalidade do perdão não resulta com quem não está, por natureza, disposto a mudar o seu modo de ser - e será que alguém pode ou quer realmente mudar o seu modo de ser?, dir-se-ia, mas há limites e diferenças essenciais entre as culpabilidades - e que nunca em caso algum sente que cometeu um crime horrendo, ou que até gostou de o cometer. Dar uma segunda hipótese a tal tipo de gente é tão somente permitir que mais um inocente seja vítima e isso é algo que deve estar absolutamente fora de questão. A redenção pode ser algo de muito belo, mas não vale o bem estar de um inocente.

quinta-feira, abril 15, 2004

DELENDA CARTAGO - MAIS NADA.

Osama Bin Laden lançou um ultimato em linguagem branda a toda a Europa: diz ele que ou os Europeus abandonam a aliança com os E.U.A. ou então vão sofrer com atentados bombistas.

Diz ele que só quem ataca os Muçulmanos é que é pelos Muçulmanos atacado, e dá como exemplo a Rússia, que, segundo ele, atacou a Tchetchénia... o senhor evita dizer que os Russos só avançaram para a Tchetchénia porque a revolução islâmica contra o poder russo alastrou à Ingúchia, a partir da Tchetchénia... e, claro, esquece-se também de justificar porque é que a India é atacada com terrorismo islâmico, quer na própria India, quer em Caxemira.

Esta ameaça de Bin Laden é pouco ou nada mais do que uma tentativa de dividir o Ocidente: dividir para reinar. Primeiro, deita abaixo o poder americano e israelita, e depois, sem a muralha judaica e com a força dos yankes desmoralizada e desorganizada, a Europa, actualmente fragilizada no seu espírito, ficará à mercê das hordas terroristas que visam impor o credo de Mafoma. As mensagens anteriores de Bin Laden, ou da sua organização, ou de grupos adjacentes, já o demonstraram claramente: o seu ódio é contra o Ocidente, contra a Ibéria actual que resultou da derrota islâmica - pois que Portugal, Castela e os outros reinos hispânicos nasceram contra o poder mouro - contra Roma também.

A Europa está fraca, não só pelo espírito burguês comodista reinante, mas sobretudo pelo esquerdismo anti-ocidental e anti-americano, bem como pelo universalismo esquerdista que simpatiza com o Islão. Para agravar a situação, a Europa tem dentro de si um muitíssimo bem infiltrado cavalo de Tróia: os milhões e milhões de imigrantes islâmicos, entre os quais campeia o ódio à cultura europeia.

É pois hora do Ocidente se unir, ultrapassando rivalidades entre os dois lados do Atlântico - enquanto é tempo. Enquanto o Ocidente ainda tiver mais poder do que o mundo islâmico.

quarta-feira, abril 14, 2004

NOTÍCIA

O Conselho da Europa põe hoje à venda um cd, «Variations», que contém uma versão hip-hop do «Hino da Alegria», Nona Sinfonia de Beethoven, eleita como o Hino da Europa Unida.

A respeito do hip-hop, é quase o mesmo que rap, e disso já falei, a propósito do hino da selecção para o Campeonato Europeu de Futebol de 2004.

Mas... porque cargas de água é que o Expresso dá esta notícia em primeira página, na sua edição online? O que querem com isso dizer?

DOCUMENTO HISTÓRICO CINEMATOGRÁFICO - MEMÓRIA GIRA

Ainda ontem, enquanto pensava se jantava ou não, vislumbrei umas cenas televisivas que achei engraçadíssimas: uns excertos cinematográficos do filme Rambo III, em que o herói arrasa que se farta em terras afegãs - contra os Russos, auxiliado pelos rebeldes afegãos... os Mujahedin...

Se a obra fosse filmada hoje, o João Rambo, personagem interpretada pelo monocórdico e imbatível Silvestre Caparrudo, estaria provavelmente acompanhada de um sargento negro e de um qualquer outro soldado de raça indeterminada, a combater uma horda de fanáticos islâmicos, tendo como aliados, contra os intermináveis milhares de mafométicos, um grupo de russos bêbados (bêbados porque os Americanos adoram estereótipos, e também porque, falando de Russos, não convém deixá-los demasiadamente bem vistos, ao fim ao cabo os E.U.A. e a Rússia ainda são rivais...).

Mas, na altura em que o filme foi feito, meados dos anos oitenta, ainda os islâmicos que lutavam contra as forças comunistas eram os bons e a máquina propagandística yanke mostrava-os de cara simpática, quais Robins dos Bosques de turbante na mona. Os comunas é que eram os maus da fita e valia tudo para os deitar abaixo.

Só que os comunas soviéticos, com todos os seus defeitos, tinham entretanto um modo de ver muito terra-a-terra, «burguês» colectivista, isto é, preocupado com o seu bem-estar físico antes de mais nada, com a variante da ausência de propriedade privada - ao fim ao cabo, o Comunismo é um materialismo e nada mais quer permitir para além do mundo da carne, do suor e do ouro. O comunista dificilmente dará a sua própria vida à «Causa» num ataque suicida.

Com os muçulmanos, já se viu que é ao contrário...

Os yankes queriam matar um rato dos canos, já moribundo, e, para isso, alimentaram uma serpente anaconda. Ou foi estupidez pura e ignorância da natureza das forças em confronto, ou então foi tacanhez de quem só vê o agora e depois amanhã vê outra coisa.

Por estas e por outras é que se torna perigoso ter o Caubói a determinar as escolhas do Ocidente.

segunda-feira, abril 12, 2004

DIGNO DE MENÇÃO

Não sou cristão e considero que um dos maiores males do Ocidente foi o triunfo dessa religião semita que em negros tempos se impôs por toda a Europa, deitando abaixo os altares dedicados aos verdadeiros Deuses dos Europeus.
Dito isto, apresento a minha homenagem ao filme «A Paixão de Cristo», realizado por Mel Gibson, que é, de facto, uma obra-prima cinematográfica, pela intensidade com que consegue transmitir uma sensação de sacralidade e de veracidade histórica, dada a qualidade do conjunto formado pela interpretação de todos os actores, pela fotografia, pelo argumento, pela banda sonora, pela reconstituição histórica dos edifícios e do vestuário, e, sobretudo, pela sonoridade das duas línguas mortas faladas pelas personagens da história filmada, o Latim e o Aramaico. Dificilmente se conseguirá construir, em cinema, uma cena mais forte e poderosa do que a aquela em que o Diabo tenta Jesus, no Jardim das Oliveiras: o magnetismo, o ritmo e a cadência quase hipnótica das palavras de Satanás são complementadas por um olhar malicioso e gracioso, diabólico sem ponta de kitsch; do mesmo modo, não será fácil apresentar algo de mais convincente e autêntico do que a interrogação de Pôncio Pilatos a respeito da verdade, do modo como pergunta a Cláudia como é que se consegue saber quando é que aquilo que é dito corresponde à verdade.
Pode talvez dizer-se que nenhum americano fazia um filme destes, uma vez que, de acordo com Mel Gibson, o projecto não era bem visto pelos produtores e distribuidores, descrentes em relação ao sucesso comercial de um filme falado em idiomas de há dois mil anos. Todavia, a partir de agora todo e qualquer filme histórico falado em «Americano», se já antes soava de modo artificial, a partir de agora ou tem algum trunfo poderosíssimo - que não consigo, de momento, imaginar - ou então terá o sabor de pastilha elástica já mais que mastigada e cuspida.

Digo eu isto na esperança de que se estabeleça uma moda de fazer filmes em línguas antigas... a Eneida falada em Latim, a Ilíada e a Odisseia, em Grego antigo, e, sonhando, penso ainda na gesta do rei bretão Artur toda falada em Galês antigo, ou, delirando, alguma saga das Eddas ou do Cath Mag Tuireadh faladas em Islandês e em Irlandês, respectivamente...

Voltando à filmagem da morte do judeu crucificado, só lamentei, ligeiramente, o final. A ressurreição do judeu morto devia acontecer de um modo menos simples e directo, mais composto e mais indirecto, com recurso à sugestão, a simbolismos, sinais, de que teria ressuscitado, ou ao maravilhoso imponente, por exemplo, um céu de aspecto descomunal a abrir-se e uma figura humana a subir até desaparecer por entre as nuvens... mas assim como foi filmada, é demasiado sólida e carnal para se conseguir acreditar que aconteceu mesmo. É um problema que o ateísmo cria às pessoas: uma vez metido na misturada cultural que se administra ao indivíduo, desde a infância, deixa sempre a sua marca, isto é, a descrença quase instintiva, aquela ilusória e deprimente sensação de «lucidez» materialista de quem olha para o mundo natural e diz «só há isto, nada mais existe». Porque depender de tal facto - a ressurreição da carne - para acreditar ou não no Divino, é, no mínimo, difícil.

Ainda bem que, ao contrário do que dizia o Nazareno, há outras religiões válidas, outros Deuses, outras vias para o Divino...

quinta-feira, abril 08, 2004

A EVIDÊNCIA DA DESGRAÇA

O Brasil vai mesmo adoptar o sistema de quotas para negros, nas escolas e nas empresas. Qualquer empresa vai ser obrigada a ter entre os seus trabalhadores um mínimo de vinte por cento de negros.

É uma medida discriminatória criada nos E.U.A.. Aí, o racismo foi oficial durante muito tempo e o país é conhecido por albergar muitas tensões raciais.

O Brasil, pelo contrário, é apontado, pela maioria dos politicamente correctos, como o modelo ideal da «sã convivência» entre raças, com a sua «maravilhosa» miscigenação e a/o tão promovida/o «mulatchinha/o»...

Então... se o Brasil é tão paradisíaco no que toca às relações inter-raciais... então afinal também os Brasileiros precisam de usar medidas discriminatórias para que possa haver «igualdade»?...

... Pois...

Das duas uma: ou o Brasil nunca foi essa sociedade racialmente perfeita e racialmente tolerante, o que significa que os politicamente correctos pró-miscigenação mentiram; ou então, essa sociedade racialmente perfeita e racialmente tolerante deu para o torto e acabou em merda - de um modo ou de outro, a falência da sociedade multi-racial brasileira é um facto.
Não obstante, a escumalha politicamente correcta continua apostada em importar mais e mais pessoas de outras raças para Portugal com o fito de construir em Portugal um Brasil europeu.

Querem só que alguém lhes dê alguma coisita...

Segundo notícia comentada pelo cronista Cutileiro, há uns quantos africanos que querem exigir a uma empresa inglesa o pagamento de uma indemnização pelo que os seus antepassados sofreram com a escravatura.
Se isto não fosse uma injustiça ridícula, seria um precedente para irmos exigir aos Árabes uma indemnização por terem vindo dominar a Ibéria, por exemplo...

sexta-feira, abril 02, 2004

O HABITUAL FANATISMO HISTÉRICA E TOTALITARIAMENTE ANTI-FASCISTA - OU ALGO MAIS?

Atentem, leitorada, nos seguintes excertos de uma notícia do Diário Digital, que é a parte em itálico:

O líder da ultradireita francês, Jean-Marie Le Pen, foi condenado por um delito de discriminação e incitamento ao ódio racial pelo Tribunal Correctivo de Paris, que lhe impôs uma multa de 10.000 euros.

Le Pen deverá também publicar a sentença no diário Le Monde, onde tinha declarado: «Quando tivermos em França não cinco mas 25 milhões de muçulmanos, serão eles quem mandam (...) e os franceses terão de passear nas ruas baixando os olhos para lhes ceder passagem».
Esta frase, juntamente com a restante entrevista publicada pelo vespertino francês a 19 de Abril de 2003, serviu de base a uma acusação da Procuradoria, que tinha solicitado dois meses de prisão isentos de cumprimento, 80.000 euros de multa e um ano de inelegibilidade para cargos públicos.
(...)
Durante a audiência, Le Pen assegurou que as suas declarações não continham incitações à discriminação ou ao ódio racial e alegou o direito à liberdade de expressão, mas os juizes consideraram que as «suas declarações fazem pensar que os franceses estão ameaçados, em particular na sua integridade física, dado que número de muçulmanos em território francês vai duplicar, e vão provocar para com este grupo de pessoas reacções de discriminação e ódio».

«Não há «dúvida» de que «ao opor-se a muçulmanos perante os franceses, para sublinhar os riscos de segurança dos segundos, Le Pen exorta ao ódio para com a população de religião muçulmana». Os juizes classificam ainda as palavras do secretário da Frente Nacional de «ultrajantes».


---\\\ I ///---

Ora o que Le Pen afirmou, não foi nada de especialmente grave. Nem há nada nas suas declarações que prove haver da sua parte uma incitação ao ódio racial.
Até porque nem disse nada que pareça minimamente errado...
Tudo que ao ódio e violência racial diz respeito, está na cabeça de quem interpreta.

O tribunal que o condenou será porventura formado por uma chusma de esquerdistas... é a explicação mais simples.
Mas quem sabe se não se pode aqui especular sobre algum outro significado que esta condenação pode ter - pânico. Esta pressa toda em punir o gordo bretão tem um ar de cagaço puro.
Medo... de quê?
Medo da constatação de que a extrema-direita está mesmo a crescer e, perante a actual situação do mundo, crescerá ainda mais?
Ou...
... medo da tomada de consciência de que a presença islâmica em França é cada vez mais um barril de pólvora, que chega ao ponto de condicionar a política externa do país - e, quando um país adopta esta ou aquela posição só para não desagradar aos estrangeiros que tem no seu território, então é porque esse país, em vez de pertencer aos seus originais e legítimos fundadores, neste caso, os Franceses, pertence, como que a meias, aos seus fundadores e aos iminvasores (imigrantes invasores...)

Ou será medo de ambas as coisas?

O ÓDIO FUNDAMENTALISTA CRISTALINAMENTE EXPRESSO

A itálico, excerto de notícia do Expresso:

Uma cassete de vídeo com a ameaça de «destruir Roma pela espada» foi encontrada pela polícia antiterrorista italiana em Cremona, em casa de um homem suspeito de pertencer a uma organização terrorista, noticiou hoje a imprensa italiana.

Aquele que destruirá Roma prepara já as suas espadas. Roma não será conquistada pela palavra, mas pela força e pelas armas», diz-se na mensagem contida na cassete, segundo a revista semanal Panorama.

A ameaça, refere a revista, é proferida pelo xeque Abu Qatadah al-Falastini, um jordano membro da Al-Qaida actualmente preso em Londres.

«Roma é a cruz e o Ocidente é a cruz. E os romanos são os donos da cruz. O objectivo dos muçulmanos é o Ocidente. Abriremos Roma», continua a mensagem.

O intérprete que traduziu a cassete para a polícia antiterrorista explicou que o termo «abriremos» tem um significado histórico, o de «apoderar-se, pela força e pelo sangue, destruindo e subjugando o povo, neste caso os romanos».

(...)

Ainda segundo a Panorama, Trabelsi terá ameaçado a Itália nos seguintes termos: «Queremos atacar a Itália porque esse cão do Berlusconi apoiou esse cão do Bush».
(...)


E mai' nada, como diria Fernando Rocha.

Que mais querem os Mários Soares e afins para retirarem a cabeça da areia? De um requerimento por escrito da Al-caida a pedir por favor para entrarem em guerra? Os terroristas arranjam uma maneira de declarar ódio absoluto e essencial contra o Ocidente - simbolizado, em parte, por Roma, raiz da cultura europeia, e, no que diz respeito aos Portugueses, de boa parte da sua identidade étnica - e a cambada politicamente correcta assobia para o lado, como se não fosse nada com eles?

E se houver uma tragédia em Itália, a esquerdalhada abjecta vai simplesmente convocar uma das suas nojentas «manifs» a culpar Berlusconi e a exigir a sua demissão?

Em 1979, Aleksandr Isayevich Solzhenitsyn deu uma palestra na Universidade de Harvard, intitulada «O Declínio da Coragem», na qual descreveu o modo como as multidões do Ocidente se tornaram cobardes, agigantando-se «heroicamente» contra aqueles em que é fácil bater e fugindo dos verdadeiros inimigos terroristas. E, hoje, é demasiadamente fácil bater numa foto de Bush, de Aznar, de Berlusconi, de Tony Blair, de Durão Barroso e armar-se em valente contra a polícia de choque que tem de tratar os manifestantes nas palminhas.

E CONTINUAM - OBVIAMENTE.

Uma bomba de dez quilos foi encontrada numa linha férrea entre Madrid e Sevilha.

Isto é, mesmo depois de a Espanha mostrar que está disposta a recuar no Iraque, mesmo assim continua a ser ameaçada pelo terrorismo.

Isto serve para calar a boca dos que advogam sempre a cedência e o «diálogo» com o fanatismo islâmico.

Como diz o povo, «quem muito se agacha, vê-se-lhe o rabo».

É preciso que alguns tirem a cabeça da areia e reconheçam que o Islão radical está mesmo em guerra contra o Ocidente. Pois, a ideia de guerra entre culturas não faz sentido do ponto de vista humanista e universalista, só que, ao contrário do que pensam os internacionalistas mais dogmáticos, a sua lógica não é a única que existe no mundo e há muita, muita gente, que não vê as coisas do mesmo modo que eles.

Como dizia William Pierce, da National Alliance, a mentalidade «Walt Disney» é perigosa para o Ocidente - a mentalidade Walt Disney consiste no seguinte:
DO MESMO MODO que Walt Disney criou personagens com base em animais, atribuindo atitutes e modos de vida humanos a animais,
TAMBÉM os universalistas atribuem a povos estranhos o seu próprio modo de ver as coisas e pensam que toda a gente deseja o mesmo - a paz, a fraternidade, etc. - de igual maneira - democracia, multi-racialismo, etc..

E é tão simples, este caso - é só preciso ouvir o que eles dizem. São eles, terroristas muçulmanos, que dizem que estão em guerra contra o Ocidente.

E estão em guerra contra o Ocidente, não por causa de Bush apoiar Israel, mas porque o Islão radical é contra toda e qualquer forma de poder que se oponha à expansão do Islão - isto é, que lhe faça concorrência ou que possua algo que os islâmicos cobicem.

Assim, o Islão radical é contra o Ocidente, o Ocidente que se atreve a usar armas e a defender-se, do mesmo modo que é contra a Rússia e contra a India.

Os terroristas islâmicos só percebem a linguagem da força, e, quando dialogam, é porque estão na mó de baixo. Por isso, interpretam a intenção dialogante de alguns ocidentais como sinal de fraqueza.

Acto contínuo, abusam.

É pois preciso repetir: Delenda Carthago. E, como dizia o Infante D. Henrique, é preciso atacá-los antes que nos ataquem a nós. Uma vez que eles já nos atacaram, é preciso adaptar as palavras de D. Henrique para outro contexto: se já nos atacaram, contra-ataquemos com quanta força temos, aproveitando o facto de que ainda somos muito mais poderosos militarmente.