sexta-feira, fevereiro 27, 2004

MUSIQUINHAS...

Alguém ou alguns, bem colocado(s), resolveu(eram) escolher como hino da selecção nacional uma coisa em estilo de rap.

Que nojo.

De entre todos os tipos de música que por aí pululam, tinham de escolher o género mais negróide... e ainda há quem duvide de que os poderes instituídos conseguiram meter na cabeça de muita gente o gosto pelo «contacto de culturas», isto é, para quem os conhecer, não um verdadeiro contacto de culturas - o qual pressupõe sempre a existência das diferenças entre as culturas - mas sim a misturada étnica e racial, feita por via da mulatização do Ocidente.

Além do mais, o rap é música especial e propositadamente agressiva, voltada para a violência de rua da mais «irreverente», isto é, contra as autoridades.

Com tantos e tantos apelos à paz por parte dos politicamente correctos reinantes, que até discutem seriamente a possibilidade de censurar os programas infantis mais violentos - porque estes produzem crianças agressivas as quais serão adultos agressivos - «custa a perceber» como é que o rap é tão promovido... talvez porque a violência dos «jovens» - palavra código dos mé(r)dia politicamente correctos para dizer «negros criminosos das gangues» - contra a polícia e contra brancos em geral, possa ser encarada como um saudável exercício cultural...

PRISIONEIRA POLÍTICA?

Mais um caso de manipulação desonesta da justiça como forma de deixar fora da carroça uma força política nacionalista e anti-multiculturalista: o partido nacionalista australiano One Nation, que no dia 3 de Outubro de 1998 obteve mais de um milhão de votos (nove por cento dos votos elegíveis), está a ser atacado por quem tudo tenta com o objectivo de, mesquinhamente, arruinar, na secretaria, o que não conseguem destruir nas urnas. Por isso, a fundadora do One Nation, Pauline Hanson, acabou condenada por fraude eleitoral, depois dos seus inimigos terem tentado tudo por tudo para provar que o registo do partido era inválido.

http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/2010782.stm

http://www.onenation.com.au/

http://www.econac.net/



quarta-feira, fevereiro 25, 2004

UMA SAUDAÇÃO À LETÓNIA, NAÇÃO BÁLTICA, ORGULHOSA DE TER A LÍNGUA MAIS PURAMENTE INDO-EUROPEIA ACTUALMENTE EXISTENTE

Segundo certo cronista do Expresso, de apelido Cutileiro, a Letónia implementa neste momento leis para promover na educação a sua identidade étnica, contra a influência excessiva dos Russos, lá estabelecidos desde os tempos soviéticos. Por alguma razão, os letónios com memória desse tempo preferem Hitler a Estaline. Segundo o mesmo cronista, há, periodicamente, marchas onde se vêm indivíduos ostentando orgulhosamente os seus uniformes das S.S..

Eles lá sabem o que dizem - experimentaram na pele o efeito dos domínios nacional-socialista e estalinista.

LIDERANÇA E CULTURA

Correm no Expresso uma série de artigos relativos à importância da independência nacional face ao poder castelhano. São artigos inteligentemente patrióticos, bem escritos... mas, pelo pouco que li, parecem dar demasiada importância à questão da liderança. Da liderança do País.

Como se Portugal só pudesse ser salvo quando chegasse ao seu «trono» um messias ou um esquadrão de iluminados prontos a mostrar o caminho da Luz, da Verdade e da Vida a toda a Nação.
Ora, isto é um paternalismo que só conduz ao atraso do povo, à passividade e à subserviência.

Não é nos líderes que reside a força maior e mais importante: é nas pessoas, individualmente, unidas em nome da sua família maior, que é a Nação.
Um líder não pode vigiar cada cidadão e impedi-lo de deitar lixo no chão; se fizer leis duras e violentamente punitivas para quem deitar lixo no chão, sem mentalizar primeiro o povo a respeito da importância de não sujar as ruas, o que sucederá é que uma minoria avantajada irá empenhar a mioleira para descobrir novos modos de encardir o solo pátrio sem ser apanhada pela bófia - as cidades só ficarão e permanecerão limpas se cada cidadão optar, livre e conscientemente, por não atirar detritos para o chão.

É uma questão pura e simplesmente cultural - nada tem a ver com lideranças.

Não é credível pensar-se que os países mais desenvolvidos do que Portugal tiveram sempre e continuam a ter líderes muito melhores do que os dos portugueses. É que os líderes, ao fim ao cabo, saem do seio do povo e não passam de um reflexo do mesmo. Neste contexto, dizem os Ingleses que cada povo tem o governo que merece.

CINZAS DO CARNAVAL

Para não variar, o carnaval português tuguificou-se outra vez este ano, por via da brasileirice.
Por toda a parte, a moda carioca impera nas mentes cá do burgo: como disse na última mensagem, de anteontem, boa parte dos portugueses meteu na cabeça que o carnaval «a sério» era o do Brasil, e vai de imitar os festejos carnavalescos brasileiros, de um modo acéfalo, empobrecedor, fora de contexto - ainda por cima, o clima nem sequer é igual - e culturalmente subserviente. Ainda há quem fale na pobreza económica dos Portugueses como justificação para vários atrasos... mas é em coisas como esta que se percebe a verdadeira pobreza do país, que é psicológico-cultural, por assim dizer. É um neologismo, este psicológico-cultural, porque outro termo não encontrei para expressar o que quero dizer: não é a cultura nacional, em si, que é inferior, mas sim a percepção que a maior parte dos actuais portugueses têm da mesma. É aquilo a que se chama kitsch: «kitsch» é um termo alemão criado no século XVII para designar a forma de cultura popular que foi feita para as massas populacionais que, emigradas do campo para a cidade, nem tinham ainda cultura urbana nem tinham já a cultura ancestral aldeã, constituindo assim uma massa humana sem raizes nem identidade. Uma população desta natureza, sem referências nem valores bem definidos, pode ser perigosa na medida em que é susceptível de caír nas mãos deste ou daquele poder manipulador, e, por isso, tornou-se necessário dar-lhes uma cultura, produtos culturais que os moralizassem e lhes prendessem a atenção. Nasceram assim as peças de teatro, os livros, as historietas várias de teor maniqueísta primário, sentimental, de fácil compreensão, nenhuma sofisticação e complexidade mínima, orientada normalmente por valores burgueses. Proliferavam os espectáculos cheios de cor, feitos para as massas, mas sem a participação das massas, as quais se limitavam a assistir (o que é conveniente para os poderes instituídos, porque é mais fácil controlar uma multidão passiva do que uma multidão activa).
Ora, os portugueses que mais influência têm na sociedade actual são os da cidade, mas, ou devido a um baixo grau de escolaridade, ou devido a qualquer outro motivo, não têm, nem uma cultura urbana desenvolvida, nem já a cultura rural dos seus ancestrais. Apresenta-se assim, perante o mundo moderno, como uma massa de indivíduos especialmente receptivos a tudo o que vier de fora do país e aparente um ar civilizado e avançado, barulhento, isto é, poderoso.

O país não está hoje mais pobre do que estava em 1980; os seus cidadãos não têm um nível de vida inferior ao que tinham nesse ano - de facto, o problema é mesmo cultural.

Saúdem-se, entretanto, as pequenas localidades de Portugal nas quais se celebrou este ano um carnaval autenticamente português, com elementos do folclore nacional, como os caretos, cuja origem se perde na noite dos tempos, remontando talvez à epoca romana ou, talvez, mais atrás ainda.

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

CARNAVAL

Carnaval, celebração de raiz porventura arcaica, baseada na Lupercal - festividade sagrada de fertilidade, em Roma, na qual os homens jovens, vestidos com peles de bode, perseguiam as mulheres e chicoteavam-nas, como forma de as fertilizar - e com alguns traços de outras datas sagradas pagãs - Saturnália, Bacanália, nas quais, enquanto se bebia vinho, se podia falar livremente dos governantes - é um tempo de pura descontracção, em que se pode fazer e dizer, e ser, «o que se quiser» (com os limites que a sociedade actual impõe, relativizando sempre o sentido do total que algumas festas poderiam ter originalmente, pois que, numa época em que são sempre precisos polícias, médicos, enfermeiros, etc., não se pode esperar que todos estejam ao mesmo tempo envolvidos nalguma celebração, como bem notou certo antropólogo francês, Jean Cau, parece-me). No antigo calendário romano, Fevereiro era o último mês do ano, época de contacto com os mortos, de purificação da cidade - é daí que vem o nome Fevereiro, de Februus, Deus Subterrâneo dos Mortos e das Riquezas - tendo assim um ambiente similar ao do Halloween céltico (Samhain, na língua irlandesa), o qual é, para os Celtas, a passagem de um ano para outro.

Em Portugal, o Carnaval está actualmente muito influenciado pela cultura brasileira, o que contribui para um empobrecimento da tradição carnavalesca: um povo sem orgulho, acabrunhado, deixa-se colonizar, especialmente quando toda a gente lhe diz que «aquele carnaval é que o bom, e toda a gente o considera o melhor do mundo».

Só que, diferentemente do que acontece no Brasil, a tradição de cá não é(ra...) mostrar a presunteira com roupas que deixam as pessoas semi-nuas. É muito bom ver as mulheres bem feitas em trajes menores, pois, mas, quanto a mim, estimula-me mais se estiverem com roupas luxuosas e justas ao corpo. Mais vale uma passagem de modelos de alta costura do que um cortejo carnavalesco carioca.
Em Portugal, nos saudosos anos setenta e princípios dos anos oitenta, antes da maciça influência brasileira, as pessoas mascaravam-se a rigor, encarnando certas e determinadas personagens da realidade ou da fantasia.

Introversão e cultura europeia versus extroversão sul-americana:
em Veneza, por sua, vez, vive-se um carnaval feérico, caracterizado pelas suas refinadas máscaras (quem não viu o Eyes Wide Shut ou Olhos Bem Fechados?...). Com o contributo do nevoeiro, que, segundo penso, é frequente nesta altura do ano nessa cidade, o ambiente geral deve ficar realmente envolvente, digno de festejo.
Bom seria que o carnaval português, em vez de receber a influência brasileira, tivesse ficado mais parecido com o veneziano. É que Lisboa até tem a sua névoa e o seu ar melancólico, sóbrio, triste segundo alguns, mas que, visto de outro modo, pode esconder mistérios e riquezas sem fim. Tal atmosfera não combina bem com roupagens verde-e-amarelo e com desfiles à maneira rio de janeirista, mas combina perfeitamente com o cenário construído pela máscara veneziana.

Em Portugal, nos «bons tempos», qualquer um cobria o respectivo coiro com alguma fatiota inspirada nalguma personagem ficcional; e eram incontáveis os que, mesmo não usando uniformes, não deixavam no entanto de ajustar a sua caraça de modo a bem esconder as respectivas ventas.

Assim é que era o carnaval português. Portanto, cambada leitora, vão depressa comprar fatos de super-homens, batmans, homens-aranhas, esqueletos, dráculas, astronautas, políticos, cavaleiros medievais, centuriões romanos, etc.. Olhem que a vida são dois dias e o carnaval são três... mas um já passou.

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

A DEGRADAÇÃO DE PRINCÍPIOS - SINAL EVIDENTE DA DECADÊNCIA

Berlusconi disse ontem que era legítimo tentar fugir aos impostos quando estes são muito elevados. Chegou mesmo a afirmar que o faria em caso de necessidade.

Que um líder de um dos países mais poderosos da Terra se atreva a declarar uma coisa destas, desautorizando por completo a lei e o Estado em proveito das conveniências economicistas de cada um, é um sinal muito claro de que o capitalismo selvagem destrói, neste momento, as mais elementares noções de ordem e dever pátrio. Perante a eventual necessidade que uma determinada nação independente tenha de garantir meios estatais com o fito de conseguir ou salvaguardar algo, todo o pequeno ou grande berlusconi se sente cada vez mais justo se sabotar o esforço geral da Pátria.
Note-se que o referido capitalista italiano nem sequer se referiu a casos de extrema pobreza - ele, como se disse acima, chegou mesmo a referir-se a si próprio, conhecido milionário, como possível não cumpridor da lei na eventualidade de os impostos serem muito elevados.


E ainda há quem chame a isto de... Direita?...

Isto é precisamente o contrário: é a destruição de todo o princípio do Dever, da Honra, da Pátria, em nome da barriguinha anafada de qualquer burguês, potencial traidor, isto é, em nome das mais baixas motivações economicistas.


quarta-feira, fevereiro 18, 2004

ATÉ NA HOLANDA...

A Holanda vai pôr fora das suas fronteiras cerca de vinte e seis mil pessoas que procuravam asilo político por essas paragens - e saliente-se que nem sequer são imigrantes, mas indivíduos que procuram asilo... esta decisão mostra bem até que ponto é que os Holandeses estão dispostos a ir, tendo já adoptado critérios mais rigorosos de aceitação de asilados.

Os nacionais dos Países Baixos, que deixavam entrar tudo e todos pelas suas portas escancaradas adentro, estão finalmente a dar sinais de que mesmo um país rico como o deles não aguenta mais imigrantes e estrangeirada em geral.
Ora se nem eles podem, quanto mais Portugal. Era bom que esta medida do parlamento holandês servisse de exemplo à classe dirigente portugesa.

POLÍCIAS ARMADOS NOS AVIÕES

Os ministros do interior dos cinco maiores países da U.E. - Espanha, Inglaterra, França, Alemanha e Itália - discutem a colocação de polícias armados em certos aviões, como medida anti-terrorista.
Quem se opõe não apresenta outro argumento que não o suposto medo do aumento da violência. Por essa ordem de ideias, nem havia forças armadas, para não irritar os terroristas. E depois também falam do Bush, que o Bush é que tem ideias destas... por aí se percebe que a birra de quem não quer polícias armados nos aviões está muito tingida pelo anti-bushismo primário, o que só evidencia o fanatismo e a flagrante incapacidade de pensar racionalmente de muita gente cuja voz tem demasiado peso nas sociedades ocidentais.

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

VITÓRIA DA FANTASIA FEÉRICA EUROPEIA

A película «O Senhor dos Anéis» foi considerada o melhor filme do ano pela Academia Britânica das Artes do Cinema e da Televisão, ou BAFTA, cuja importância, aliás, devia ser mais promovida na Europa do que a dos óscars de Hollywood, não só porque a Grã-Bretanha, ao contrário de Hollywood, fica na Europa, mas também porque não há razão alguma para considerar que os caubóis ultramarinos têm melhor ou mais selecto gosto do que os bifes da velha Albion.

Saúde-se pois a decisão que premeia a fantasia épica alicerçada em antigas tradições europeias célticas, germânicas e finlandesas, transbordante de uma rica e bem edificante imaginação (embora baseada, em parte, numa mentalidade cristã - paciência, não se pode ter tudo...), o que tem o mérito, não só de promover a cultura europeia mais autêntica - mesmo que pelos olhos fantasistas de Tolkien, mas enfim, quem conta um conto acrescenta um ponto - mas também de vergastar as ventas saloias da cambada que prefere ver o mundo todo cinzento, a ou fruta-cores de feira (a futebolada, as novelas, etc.) e que despreza a fantasia feérica, pretendendo rotulá-la de infantil, alienante, etc..

Os amantes do modernismo materialista e do neo-realismo mordem-se de raiva e ainda bem. Não queriam que a fantasia feérica pudesse ter plena cidadania no mundo da arte séria, mas lixaram-se. Já tinha dito isto, mas digo outra vez. Foram demasiados anos a ouvir comentários de saloiada, ora pretensamente intelectual, ora «terra-a-terra», com aquele sorriso parvóide de quem «já cresceu» e olha para os outros consciente da sua superior «maturidade». É uma espécie de criatura que começa cedo, na adolescência, a assumir esse tipo de postura, e ferve-lhe com álcool e tabaco pelo corpinho adentro como modo de mostrar a sua adultice precoce. Rejeitam tudo o que lhes possa lembrar o fantástico, que é, nas suas estreitas cabeças, indissociável da infância, e, em termos de ficção, preferem sempre produções (filmes ou séries) policiais pejadas de sujidade humana e de escumalha criminosa aviltante. Representam normalmente o tipo de bestas mais desinteressantes e deprimentes, convencidas embora de que são uns colossos de inteligência e esperteza.

E, como são também, comumente, dados ao seguidismo carneirista, dependem especialmente das disposições das maiorias, pelo que ficam especialmente incomodados numa época em que «toda» a gente vai ver um filme com elfos e magias. Também aí é bem feito - provam do seu próprio veneno, já que andaram toda a vida a proclamar com cretina e arrogante satisfação que só uns poucos alienados e taradinhos é que apreciavam histórias de fantasia.

Azar blogal.

Olha, agora desapareceu-me o contador de visitas e não sei como raio é que o hei-de reaver. Ora uns filhadaputa destes que me arranjaram uma complicação assim, mais valia que estivessem quietos.

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

SOBRE QUEM TEME A LIBERDADE

Diz o sociólogo catalão Manuel Castell (não li o nome, só o ouvi na rádio, pelo que não sei se é esta a grafia correcta), professor universitário na Califórnia, que os governos de todo o mundo «odeiam»(sic) a internet.

E odeiam-na porque não a podem controlar (ainda não, pelo menos).

Já aqui o tinha dito. E é cada vez mais evidente que os poderes instituídos, embora se proclamem democráticos, temem as vozes livres que não podem ser controladas. Por detrás do propagandeado temor dos que falam muito em pedofilia e em vigarices várias como motivo para controlar a net, está o medo ideológico e intolerante dos que percebem que os seus oponentes ideológicos, mesmo que não cheguem à imprensa, podem contudo chegar a uma cada vez maior parte do povo por meio da internet.

CRIMINALIDADE

O ministro da administração interna Figueiredo Lopes considera que é positivo o suposto facto de que a criminalidade aumentou pouco, e salienta com satisfação o decréscimo da criminalidade violenta.

Quanto a mim, não vejo sinais de melhoramento no que respeita à segurança nas ruas. Os números de queixas à polícia por parte das vítimas são ilusórios, pois que muitos não crêm na utilidade de tais queixas, além de temerem represálias. Se as gangues estão cada vez mais bem organizadas e contam com cada vez mais elementos, é natural que o terror que inspiram às suas vítimas seja maior. Ora, em tendo mais medo, as pessoas atrevem-se menos a dar parte dos crimes de que forem vítimas.

De qualquer modo, os casos de crime aumentam, numa sociedade em que os meios de controle estatais são cada vez mais rigorosos e precisos. Estranha contradição que faz pensar se o aumento da insegurança não estará a fazer o jogo dos Estados crescente mas disfarçadamente totalitários - o cidadão terá cada vez mais de escolher entre submeter-se ao poder opressivo dos criminosos ou ao poder tutelar de quem dirige a sociedade civil.

INIMIGOS DA POLÍTICA...

O último artigo de João Pereiro Coutinho, na revista Maxmen de Janeiro, demonstra, mais uma vez, a saloiice chico-espertista e demagógica que domina muitas consciências que se pretendem lúcidas: ao dizer que o homem de bom senso tem (isto é, deve ter) um natural desprezo pela política, o autor dá voz ao preconceito populista de que os políticos são corruptos à partida.

«Política» é a própria direcção, global, de qualquer comunidade humana. Considerar que isto é por princípio desprezível ou vil, é talvez um reflexo extremista do pensamento cristão que manda renunciar a este mundo, supostamente «mau» à partida, levando à consequência de natural de ver o poder neste mundo como um princípio de maldade.

Mas, na boca de João Pedro Coutinho e de muitos e muitos liberais, neo-liberais, tecnocratas e políticos que se consideram uma excepção à classe política - isto é, políticos populistas que falam mal dos «políticos» em geral, como o faz, por exemplo, Manuel Monteiro - esta depreciação da política e dos políticos, longe de parecer inspirada pelo crucificado morto há dois mil anos, tem, isso sim, um distinto ar de ser instrumento posto em cena por forças que, não pertencendo ao mundo da política, pretendem relativizá-la e desvirtuá-la até que mais não seja do que um pálido anexo da economia.

E, então, o dinheiro passa a ser considerado como coisa mais séria do que o voto; o empresário, mais sério do que o político; e, fatalmente, a empresa (privada, pois...) mais séria do que o Estado.
O Estado é uma das últimas fronteiras que defende ainda o conceito de Nação e de Pátria; e sabe-se, por outro lado, que o capital não tem pátria.

Assim, este desprezo pela política não augura nada de bom para a defesa de valores realmente políticos tais como Nação, Pátria, Liberdade.

Como dizia Evola, a economia tem de ser sempre um aspecto secundário e subordinado da política.

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

VOTAI, CIDADÃOS

Tomei conhecimento de uma votação por via internética a respeito da União Europeia, que pode ser feita em

http://evote.eu2003.gr/EVOTE/pt/index.stm

uma iniciativa da presidência grega da União Europeia.
Daqui saúdo a Grécia, berço da Democracia e matriz da cultura europeia por esta brilhante iniciativa, bem como pelo modo como coloca as principais alternativas à escolha dos votantes, diferentemente das votações e programas falsamente democráticos que tenho encontrado na sociedade portuguesa e dos quais já dei notícia aqui (programa «Prós e Contras da RTP1; votação do Expresso Online).

No fim de um dos questionários, apresentei, a pedido, as medidas que me parecem necessárias à União Europeia:

Fim da imigração de origem extra-europeia.
Repatriamento de imigrantes não europeus, tanto quanto possível.
Direito de cidadania exclusivamente reservado a pessoas de origem europeia.
Aumento da cooperação político-militar entre as várias nações europeias, independentemente dos Estados Unidos da América.
Inclusão de todas as nações europeias, tais como a Rússia e a Ucrânia.
Adopção do princípio de um voto por país, sem olhar ao tamanho ou à quantidade de habitantes de cada Estado.


terça-feira, fevereiro 10, 2004

BARREIRA DE DÉBIL CARTÃO CONTRA A ENXURRADA

A lei da proibição do véu islâmico nas escolas foi finalmente aprovada em França. A Esquerda moderada uniu-se à «Direita» na votação, em nome da igualdade da mulher - ou seja, em nome da oposição a uma determinada tradição religiosa. Isto é, em nome de uma divergência de carácter doutrinal.

Contra esta posição, esteve a Esquerda radical e certas organizações religiosas.

A França continua pois a não ser um país livre - quem a dirige, não percebe, de todo, que a verdadeira liberdade consiste em deixar os outros serem como são, mesmo que esse modo de ser nos pareça errado. Mesmo que «tenhamos a certeza» de que esse modo de ser é imbecil. Demonstram assim um dogmatismo mutilador que só traz conflitos e reacções violentas de sentido contrário.

Mas o problema que está por trás é outro... é o avanço do Islão.

A França, com a mania da Fraternidade, deixa entrar gentes estranhas no seu País; em nome da Igualdade, dá-lhes os mesmos direitos dos franceses; e, depois, fatalmente, acaba por sacrificar a Liberdade quer dessas gentes quer - mais grave ainda - dos próprios franceses.

Não sabem como é que hão-de enfrentar a ameaça islâmica e depois caem em ridicularias opressivas dessas.

Quando era tão fácil dizer: em França, o Islão deve ter menos direito do que a religião nacional.
Só isso.

Assim, as mulheres islâmicas devem poder usar o véu, o que até é útil, porquanto essa diferença preserva as devidas distâncias que devem existir entre nacionais e estrangeiros; e, naturalmente, está fora de questão fazer de um feriado religioso islâmico um feriado nacional francês, como alguns muçulmanos já exigiam.

Mas isso iria opôr-se às tretas igualitárias da Esquerda... portanto, isto não é uma vitória da Direita sobre a Esquerda, mas sim a Esquerda (laicismo e igualitarismo) a obrigar a falsa e fraca direita (que quer livrar-se do perigo islâmico, mas sem «sujar» as mãos) a valer-se de um subterfúgio perigoso e moralmente errado para ir adiando e mascarando o problema.

CONSCIÊNCIA CÍVICA E NACIONAL

Vários empresários portugueses estão reunidos para debater um novo modelo económico para dinamizar a competitividade de Portugal.

Para trás, fica o Manifesto dos Quarenta... sobre a causa que o moveu, a da preservação dos centros de decisão nacional, diz António Carrapatoso, presidente da Vodafone, que, passo a citar,
«Será um desperdício centrar a discussão à volta desse conceito. O que é importante é discutir as condições necessárias ao enquadramento para estimular a criação, desenvolvimento e criação de empresas localizadas em Portugal».

Portanto, os portuguesinhos que estão à frente das forças produtivas do País, lá vão sendo muito realistazinhos, muito conscientes da sua pequenez, assim é que é, baixar a cabecinha perante os «factos consumados» e abandonar pretensões nacionais...

E depois admiram-se por os Castelhanos entrarem cada vez mais por aqui dentro e ficarem com tudo. É que os Castelhanos ainda têm esse primitivismo patriótico, essa arrogância nacionalista - ai que horror - e essa mania de se sacrificarem pela Nação - são uns fanáticos imbecis, estes espanhóis, pois, quem nos dera sermos tão fanáticos e imbecis como eles - desde o empresário até ao mais simples consumidor, que, numa loja, prefere comprar produto espanhol do que produto estrangeiro, mesmo que o produto estrangeiro seja melhor e mais barato.
Quantos portugueses estão dispostos a isso?

É preciso, antes de mais, educar o povo.

Fazê-lo consciente de que é preciso dar prioridade ao produto nacional.

MESMO que este seja mais caro e de menor qualidade. Porque, se hoje for de menor qualidade e mais caro, amanhã poderá ter melhor qualidade e ser mais barato, porque, em vendendo bem, a sua produção e preço melhorarão.

E o que é mais triste é que até há e houve bons produtos nacionais... os chocolates Regina, por exemplo, eram comparáveis se não melhores que os Nestlé suíços e mesmo que os britânicos Cadburys. Deixam os espanhóis a milhas de distância. E, no entanto, onde estão? A Regina faliu.

É ao nível individual, cívico, que urge agir.
Qualquer cidadão sabe que não deve atirar lixo para o chão. Naturalmente que mais beata menos beata não faz diferença, e não é um pedaço de jornal atirado para um beco que vai fazer com que a cidade fique mais poluída...

... mas o que se deve fazer é pôr o lixo no lixo. Se todos os cidadãos fizerem a sua parte, por menor que seja, a cidade permanecerá limpa. E mesmo que a maioria não proceda bem, mesmo que as ruas estejam sujas, mesmo assim o indivíduo deve ter consciência do seu dever de cidadania, e de Nação, recusando-se a pactuar com o laxismo e a miserabilidade de quem polui as ruas sem respeito pela cidade.

Ora, no que respeita à economia nacional, o princípio é o mesmo: cada indivíduo deve preocupar-se em dar prioridade ao produto nacional, mesmo que lhe pareça que, em seu redor, ninguém está interessado nisso.

DELITO DE OPINIÃO MOSTRA BEM COMO AS ACTUAIS DEMOCRACIAS OCIDENTAIS SÃO, EM BOA PARTE, UMA FRAUDE

Para começar a jornada deste dia, coloco aqui um bom e sucinto texto que me foi enviado, e que urge divulgar, para desmascarar a suposta «democraticidade» da maioria das sociedades ocidentais, incluindo a portuguesa, onde também existe delito de opinião.

>Liberdade de expressão é condicional no grande e belo país da America do
>Norte
>O revisionista germano-canadiano Ernest Zundel permanece numa
>solitária no Canadá, unicamente por não abdicar das suas convicções quanto à
>não-existência de câmaras de gás em Auschwitz.

É um prisioneiro por delito de opinião.

É isso mesmo: no Canadá não se pode duvidar ou questionar a
>sacralidade do dogma holocáustico. Logo fará um ano que Zundel foi
>encarcerado, sem direito a visitas, sem telefone, sem banho de sol,
>recebendo alimentação indigna de um ser humano e, doente, sem direito ao
>seu
>médico particular. Único prisioneiro de opinião do Canadá, Zundel sofre um
>tratamento medieval que a jurisprudência moderna daquele país já tinha
>abolido até para os seus piores fascínoras. Zundel já tem mais de 60 anos e a
>democracia canadiana espera que ele, finalmente, morra esquecido no seu
>calabouço, encerrando esta situação constrangedora entre o establishment e
>a
>elite dominante. Caso não morra num prazo razoável, juridicamente
>sustentável, deverá ser extraditado para a Alemanha --outro pais onde
>existe
>o crime de opinião-- e onde deverá sofrer tratamento igual, ou pior. Mas
>Zundel não se entrega. Seria fácil: bastaria abdicar das suas opiniões, ser
>razoável, juntar-se à humanidade. Felizmente, porém, para alívio e
>satisfação de um número cada vez menor de seres humanos neste mundo
>globalizado, Ernest Zundel jamais mudará de opinião, jamais abdicará da
>verdade.
>Para enviar cartas de protesto/apoio a Ernest Zundel, escreva para
>Toronto West Detention Centre
>111 Disco Road, Box 4950
>Rexdale, Ontario M9W, 5L3, Canada.


E mais uma vez cai a máscara dos pseudo-democratas.

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

O FOSSO CADA VEZ MAIS FUNDO E ABERTO

Segundo notícia da SIC online, apesar de haver crise na habitação, as casas que mais se vendem são as mais caras. Como exemplo, o texto da notícia refere apartamentos de três mil e quinhentos euros o metro quadrado, situados na zona do Parque Eduardo VII, que têm imensos compradores.
Isto demonstra bem como é que o país está a caminhar cada vez mais para uma forma terceiro-mundista de existir: enquanto uns vivem em casas miseráveis, amontoados, por falta de meios que lhes permitam adquirir moradias condignas, outros compram apartamentos de luxo. Não sei se é uma consequência do capitalismo mais selvático ou uma inadequação portuguesa ao progresso. Pode também dar-se o caso de se tratar de um fenómeno consumista extremo e doentio, em que as pessoas que se lançam à compra de bens caros, não têm, no final de contas, meios para os pagar, razão pela qual se endividam loucamente. Isto também é uma consequência do desenvolvimento degradante do capitalismo, e é, também, um sintoma de que os antigos valores da honestidade e da honra - a importância de cumprir as suas promessas e de não faltar à palavra dada - estão muito por baixo na bolsa de valores actualmente propagandeados pelos média e seus «opinion makers».

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

CONTRA O TERRORISMO, BATER, BATER, BATER - TERÁ DE SER BATER ATÉ MATAR

Mais um atentado terrorista na Rússia, provavelmente perpetrado por islâmicos tchetchenos, desta vez no metro de Moscovo.
Terão morrido pelo menos cinquenta pessoas, ou, talvez, setenta.

Torna-se horrendo pensar em quantas vidas de brancos europeus, e, especialmente, de mulheres brancas europeias (a violência contra mulheres tem sempre um aspecto mais abjecto), que o terrorismo islâmico ceifou e, provavelmente, vai ainda ceifar.

Contra isto, não há nada a fazer a não ser usar a força, mais força, mais ainda, toda a força possível, no contra-ataque e destruição dos terroristas, um por um. Não há outra solução - não há outro modo de lidar com gente que usa o terror a não ser usar um terror maior ainda. Recordo-me de, num fórum qualquer da tsf online, um participante ter descrito o modo como um general americano lidou com terroristas islâmicos na Indonésia ou perto daí, há várias décadas atrás: não se preocupou em saber porque é que os terroristas islâmicos odiavam as suas vítimas - limitou-se tão somente a apanhar alguns, executá-los e enterrá-los em valas comuns cheias de sangue de porco; fez o mesmo aos corpos dos terroristas suicidas; nem me lembro bem se eram valas comuns com sangue de porco ou não, mas o que interessa é que jogou com um medo intrínseco dos islâmicos - a impureza do porco - para os travar. Resultado: os ataques terroristas diminuiram...

BOA EXTRADIÇÃO

Finalmente, o alegado terrorista islâmico de ascendência indiana que se encontrava preso em Portugal por falsificação de documentos, vai ser extraditado para a India, depois de este país ter garantido que a pena de morte não será aplicada ao arguido. Seja lá como for, o importante é que:
- o sujeito seja condenado pelos seus piores crimes, no país onde os cometeu;
- não se crie um precedente perigoso no que respeita a permitir a entrada em Portugal de criminosos que, fugindo de sistemas jurídicos mais severos do que o português, busquem na brandura lusa e no laxismo tuga um abrigo fácil, como por exemplo o falecido Ahmed Rezala, norte-africano «francês», que, tendo cometido crimes, fugiu para Portugal, refugiando-se na Baixa da Banheira, e chegou mesmo a dizer que era melhor vir para Portugal porque a polícia portuguesa era conhecida internacionalmente como sendo mais mole do que as outras, e, o sistema jurídico português, como menos eficiente...

quinta-feira, fevereiro 05, 2004

SUBSTITUIÇÃO

Um artigo - em itálico - que mais não faz do que expor o evidente. O simples facto de ter de ser escrito, mostra que o politicamente correcto e a mentira política generalizada fez com que a sociedade se tornasse, em certos aspectos, um filme monty-pythonesco, de tão absurdas são certas situações:

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Anda por esse país meio milhão a mais
SÉRGIO DE ANDRADE, JORNALISTA

Quando li e ouvi que as associações empresariais portuguesas acusavam o Governo de ser um forreta, um unhas-de-fome, por estabelecer uma quota de apenas 6500 imigrantes estrangeiros para 2004, achei natural. Falta mão-de-obra - disseram os patrões - na agricultura, na construção civil e no serviço doméstico. Ora, se eu puder ter um engenheiro agrónomo moldavo a lavrar-me as terras, um arquitecto ucraniano a carregar sacos de cimento e uma pedagoga romena a esfregar-me as escadas, para que hei-de contratar portugueses, que são muito menos cultos e ainda por cima mais caros? É a lógica das leis do mercado...

Porém, depois, entre espantado e alarmado, li e ouvi que vultos da Igreja, da Política e da Intelligentsia nacionais diziam a mesma coisa. E pensei: se tantos e tão insignes querem mais imigrantes do Leste, da África e do Brasil, quem sou eu para pensar de modo diferente (além de que corria o risco de me conotarem com o dr. Paulo Portas, acoimado de xenófobo e/ou racista...)?

Os imigrantes já representam 5% da população portuguesa. Exactamente a mesma percentagem de cidadãos nacionais perderam o emprego, ou não conseguem arranjá-lo. Mas Igreja, Política, Intelligentsia e Patronato garantem que, sem mais e muitos estrangeiros, o país não irá em frente.

Pois seja! Esse problema parece ser fácil de resolver. E fica de pé apenas outro problema: o de nos desembaraçarmos do quase meio milhão de portugueses que, pelos vistos, andam por aí a mais.


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Pois. Mais uma vez se torna evidente que há mesmo quem queira levar a cabo uma substituição étnica: deixar morrer os povos da Europa, tal como eles são hoje, e substituí-los por uma mixórdia, sem raizes, massa anónima obediente e grata aos seus criadores.

RUSGA AO INTENDENTE...

Como é possível que numa rusga nau qual encontram droga e levam duzentas pessoas para a esquadra, não consigam ligar uma só dessas pessoas à droga apreendida?...

Bananices...


E quanto aos ilegais que foram apanhados , deixam-nos ficar, assim sem mais nem menos, à vista de toda a gente, quando a lei manda que eles sejam postos fora do país??

ULTRA-BANANICES...

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

KAÚLZA DE ARRIAGA

A minha saudação ao falecido Kaúlza de Arriaga, grande patriota e defensor de Portugal até ao fim, primeiro do Império, depois, da sua própria vida.

Pessoalmente, distancio-me da sua posição imperial, pois que, para mim, os impérios, por mais gloriosos que sejam, não devem existir, e isso também se aplica ao antigo Império Português. Portugal, para mim e para outros nacionalistas da minha geração e gerações seguintes, é um país europeu sem qualquer lugar fora da Europa.
Não obstante, um patriota é sempre um patriota e merece especial respeito, sobretudo na hora da sua morte.

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

PALHAÇADA

E depois deste longo interregno, ocorrido por distracção minha, retornemos...

Grande saloiada, aquela vergonha no estádio do Guimarães. Tunda generalizada... por causa do futebol? Portugueses agredindo portugueses, por causa de mesquinhas quezílias futebolescas?

Haja um bocadinho de espírito e elevação num país já demasiadamente atolado na rasquice futeboleira.

E ainda ouvi, na tsf, quem perdesse tempo a falar no árbitro... como se o árbitro é que tivesse tido a culpa...
As pessoas não percebem, de todo, que o facto de o árbitro se enganar não dá direito a agressões entre futebolistas, entre adeptos e nem sequer ao árbitro propriamente dito. O árbitro foi incompetente? Que seja afastado, ou relegado para jogos menores. Mas, enquanto o jogo dura, a sua autoridade é para respeitar. É por os portugueses mais futrico-futeboleiros não perceberem isso que depois há violência contra árbitros em jogos internacionais - só que, no estrangeiro, as autoridades futebolísticas não estão com meias medidas nem pactuam com a anarquia labrega que infelizmente se instalou em Portugal (o desleixo, nosso maior inimigo...) e que faz com que alguns deixem os seus heróizinhos de relvado agirem como lhes apetece e considerem o árbitro como «um merda qualquer que está ali a impedir o meu JoãoPinto/Jardel/Xexézinho de jogar!!»


Lembro-me de há uns anos ter estado envolvido numa discussão a respeito da autoridade do árbitro - nesse caso, falava-se no contexto do Judo. Eu, que tinha lido umas linhas sobre o assunto, afirmava que, no oriente, a autoridade do árbitro não se discutia. Os que me ouviam rebentaram de riso, alegando alarvemente que uma coisa dessas não tinha cabimento, e havia de ser bonito ver um árbitro a fazer asneiras e o público a deixar-se calado... para além de lhes ter escapado a subtileza de que eu falava de Judo e não de Futebol, mostraram também que não compreendiam, como muita gente, que, se se trata de um jogo com regras, as regras são para cumprir, ou então o jogo perde as referências e passa a ser uma macacada sem lei nem outro objectivo que não seja aldrabar e sacanear o adversário. Ora, uma dessas regras é a que confere autoridade ao árbitro. Dentro do campo, a sua autoridade é para respeitar. A partir do momento em que isso não seja assim, quem é que decide? São os jogadores, que querem por força conseguir um penálti? E quais os jogadores que podem decidir mais vezes... os mais famosos, naturalmente?... Ou é o público... mas, se é o público, decide-se por plesbicito nas bancadas se é penálti ou se é fora de jogo?...

O árbitro é que manda dentro das quatro linhas e ponto final. Quem não quiser respeitar isso, que saia do futebol e nem sequer vá aos estádios.